No\n interminável debate entre mata-mata e pontos corridos, a preferência do\n torcedor pelos torneios eliminatórios é um argumento frequente. A Copa do Brasil, porém, mostra\n que é preciso cautela com essa afirmação. Em 2014, a competição tem levado\n pouca gente aos estádios, e o público médio do Campeonato Brasileiro até aqui é\n quase três vezes melhor.\n \n Pesa\n contra a Copa do Brasil o horário dos jogos, quase sempre às 22h. Mas os\n números evidenciam que o formato de disputa não basta para compensar a\n desorganização. A Copa do Brasil, que nesta quarta-feira prossegue com a\n terceira fase, tem média de público de apenas 5.238 torcedores por jogo, contra\n 13.403 do Brasileirão, que já teve 12 rodadas.\n \n O\n Corinthians é o líder de público no Brasileirão, pelo qual já mandou quatro\n jogos na Arena de Itaquera, com público médio de 34.229 torcedores. Já na Copa\n do Brasil, mandou uma partida em Itaquera, diante do Bahia, com 24.252 pessoas,\n pior público da nova casa. O horário, somado ao problema do transporte público,\n prejudicou o time paulista. Mas, novamente, fica claro que o formato mata-mata\n não basta para atrair o torcedor.\n \n O pequeno\n interesse do público pesa no orçamento dos clubes. A renda liquida da Copa do\n Brasil, em média, é de R$ 60,6 mil por jogo, contra R$ 238,3 mil no\n Brasileirão. Mais uma vez, o melhor exemplo é o Corinthians, que faturou R$ 874\n mil líquidos diante do Bahia no mata-mata. Na competição por pontos corridos, a\n renda recorde é R$ R$ 1,85 milhão, frente ao Internacional.\n \n Com o\n afunilamento da competição, a tendência é o público subir. Até lá, porém, a Copa\n do Brasil torna inquestionável o que já é evidente.