Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Geral
29/08/2014 09:00:00
Herdeiros de fazendeiro estudam ir à justiça para evitar nova invasão de área
Os inventariantes da Fazenda Água Clara, em Sidrolândia, estão avaliando os prejuízos da invasão ocorrida ontem, por índios Terena, motivada por uma confusão envolvendo a prisão de Arcênio Duarte, que é indígena, por porte ilegal de arma.

CGNews/LD

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Os\n inventariantes da Fazenda Água Clara, em Sidrolândia, município a 71\n quilômetros de Campo Grande, estão avaliando os prejuízos da invasão ocorrida\n ontem, por índios Terena, motivada por uma confusão envolvendo a prisão de\n Arcênio Duarte, que é indígena, por porte ilegal de arma. O advogado que\n representa o espólio de Afrânio Pereira Martins, Jully Heider da Cunha Souza,\n informou ao CGNews que a família\n estuda, ainda, se vai tomar alguma medida preventiva para evitar uma nova\n ocupação da fazenda.
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\n Segundo, ele, havia no local 900 cabeças de gado e está sendo feita uma nova\n conferência. Os índios, cerca de 200, atearam fogo às três casas que existem no\n local. A fazenda, de 522 hectares, é uma das 17 propriedades reivindicadas como\n parte da Reserva Buriti, que é foco de conflito no Estado, onde já houve, inclusive,\n morte durante uma desocupação, em maio do ano passado.
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\n Diante da situação tensa da região, o temor é de novas ocupações. O advogado\n disse que, ontem, recebeu do representante da Funai (Fundação Nacional do\n Índio) a garantia de que os índios não retornarão e continuarão na Fazenda\n Cambará, onde estão há um ano.\n \n Problema\n de família - A\n confusão começou por um motivo que não tem relação com a disputa por terras\n entre índios e fazendeiros e sim por uma discórdia entre os herdeiros do dono\n da fazenda, responsáveis pelo inventário. Durante o cumprimento de uma orgem\n judicial para despejar o antigo inventariante, que havia sido substituído, o\n índio foi encontrado no local e estava armado.
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\n O indígena acabou sendo preso por porte ilegal de arma por policiais militares\n à paisana. Os índios deduziram que se tratava de pistoleiros e que Arcênio\n estava sendo sequestrado, seguindo-se a invasão e o incêndio. Também foram\n presos cinco funcionários da fazenda. Hoje, a Polícia Civil estava tomando\n depoimentos sobre o caso.\n \n Tensão - Mesmo tento início de uma\n confusão não relacionada com o conflito por terras, o episódio botou mais lenha\n numa fogueira que queima há bastante tempo.\n Dono de uma das propriedades em disputa, o ex-secretário de Fazenda e\n ex-deputado federal Ricardo Bacha, disse que na região, “uma centelha” é\n suficiente para um incêndio.
\n Na visão dele, tanto índios quanto fazendeiros estão sendo enganados pelo\n Governo Federal, que “há 150” dias, prometeu pagar pelas terras para assegurar\n a criação da Reserva Indígena, mas até hoje não chegou a um consenso sobre os\n valores a serem pagos pelos 15 mil hectares.\n \n A Água\n Clara era uma das poucas fazendas que os índios ainda não tinham entrado, aguardando\n o desfecho do processo de compra de todas as propriedades reivindicadas como\n terra indígena. O Campo Grande News tentou, mas não conseguiu contato, com\n representantes da comunidade indígena.
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