O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)\n trabalha com a possibilidade do avião que caiu em Curitiba neste sábado (30)\n ter tido algum problema no motor na hora da decolagem. A aeronave modelo Cessna\n não possui caixa preta e, por isso, o motor e algumas peças, como as asas e o\n GPS, serão analisados por peritos da Aeronáutica. No entanto, o Cenipa não\n descarta uma provável falha humana. O monomotor seguia para Londrina, no norte\n do Paraná, segundo a Infraero. Após a queda, o avião explodiu.\n \n Conforme o responsável pelas investigações, major Eduardo Michelin, o avião\n é considerado um dos mais seguros do setor. “Nós estamos considerando todas as\n hipóteses para esse acidente. Vamos analisar diversas coisas, desde o\n testemunho de pessoas que viram a aeronave caindo, pois alguns moradores\n disseram que a hélice não estava funcionando, o peso do avião, o tipo de\n combustível utilizado até se de repente o piloto errou”, diz o major. “Só\n depois da análise das peças é que poderemos cravar um motivo, por enquanto,\n todas as hipóteses serão consideradas”, acrescenta Michelin.\n \n O monomotor caiu no bairro Bacacheri, em Curitiba, por volta das 13h30 deste\n sábado. A aeronave era de Londrina, no norte do Paraná. O avião decolou no\n Aeroporto do Bacacheri e caiu logo em seguida sobre uma casa. Duas pessoas\n morreram: o piloto e co-piloto, de acordo com o Centro Integrado de Defesa\n Aérea e Controle de Tráfego Aéreo II (Cindacta II). Outros dois ocupantes estão\n internados em estado grave nos hospitais Evangélico e do Trabalhador, na\n capital paranaense.\n \n O dono do avião disse ao G1 que a aeronave já havia realizado duas viagens no\n mesmo dia e que tinha passado por manutenção há pouco mais de 20 dias.\n \n Segundo o tenente coronel Marcos Santos, do Cindacta II, o monomotor foi\n fabricado para suportar diversas viagens em um só dia.nbsp; “Essa aeronave é\n mais utilizada por empresas de aviação agrícola por ser forte e resistente.\n Fazer três viagens em um só dia é pouco para um avião como esse”, detalha o\n tenente coronel.\n \n Como o avião passou por manutenção, o tenente coronel do Cindacta II alega\n que as investigações devem apurar, inclusive, como esse serviço foi realizado.\n “É preciso analisar qual foi a empresa que fez a manutenção, quem foi o\n responsável e se o trabalho foi realizado corretamente. Se de repente confirmar\n que a queda foi provocada por falha no motor, possivelmente a revisão foi\n falha”, alega.\n \n O Cenipa informou que ainda não há previsão de quando o laudo técnico sobre\n esse acidente será concluído.