Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Ciência e Saúde
02/09/2014 09:00:00
SUS terá novo tratamento para tumor raro
O Ministério da Saúde acaba de incluir na tabela SUS um novo procedimento de quimioterapia para o Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) para pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Da assessoria/LD

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O\n Ministério da Saúde acaba de incluir na tabela SUS um novo procedimento\n de quimioterapia para o Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) para \n pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, a\n rede passa a contar com o uso do medicamento Mesilato de Imatinibe \n também para quimioterapia adjuvante da doença, ou seja, um tratamento \n auxiliar recomendado para pacientes com risco de retorno da doença após \n retirada cirúrgica do tumor. Antes desta recomendação, o medicamento já \n era usado no SUS para tratamento outros cânceres, como Leucemia Mielóide\n Crônica e Leucemia Linfoblástica Aguda, e também para quimioterapia \n paliativa do próprio GIST.\n A estimativa é de que a medida beneficie cerca de 500 pacientes \n ao ano e gere impacto financeiro da ordem de R$ 5,8 milhões. O objetivo \n da incorporação do uso do medicamento na quimioterapia após a cirurgia é\n reduzir o risco de recaída e, assim, aumentar a sobrevida do paciente. O\n GIST é um tipo raro de câncer que atinge principalmente o trato \n digestivo.\n No mês de julho deste ano, o Ministério da Saúde publicou uma \n portaria de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas \n do GIST. Nesta atualização, foi mantido o uso do Mesilato de Imatinibe \n para a finalidade paliativa e definidos os critérios também para o uso \n adjuvante do medicamento. Mas ainda faltava incluí-lo na Tabela de \n Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do \n SUS.\n Com a inclusão do procedimento na Tabela de Procedimentos, \n Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais, os serviços podem \n registrar e faturar o procedimento ofertado e receber pelos atendimentos\n realizados, sendo o medicamento adquirido pelo Ministério da Saúde e \n fornecido pelas secretarias estaduais de saúde aos hospitais \n credenciados no SUS e habilitados em oncologia. A incorporação foi \n decidida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (CONITEC),\n que estabelece garantias à proteção do cidadão quanto à segurança e \n eficácia de novas tecnologias incorporadas ao SUS, por meio da \n comprovação da evidência clínica consolidada e os estudos de \n custo-efetividade.\n GIST O Tumor Estromal Gastrointestinal é uma neoplasia \n rara. A doença ocorre em ambos os sexos e em qualquer faixa etária, \n entretanto, é mais comum em pessoas acima dos 40 anos de idade, com \n média de idade ao diagnóstico de 58 a 63 anos. Esses tumores \n correspondem a aproximadamente 1% das neoplasias primárias do trato \n digestivo, e estima-se que a incidência seja de 7 a 20 casos por milhão \n de habitantes.\n Os sintomas da doença são tumor, sangramento, perfuração e \n obstrução. Cerca de 20% dos casos são assintomáticos, sendo os tumores \n encontrados durante endoscopias, exames de imagem do abdômen ou \n procedimentos cirúrgicos, como gastrectomias. \n Incorporação A inclusão de qualquer medicamento no SUS \n obedece às regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias \n (Conitec), que exige comprovação da eficácia, custo-efetividade e \n segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada e assim \n garante a proteção do cidadão que fará uso do medicamento. Após a \n incorporação, o medicamento ou tecnologia pode levar até 180 dias para \n estar disponível ao paciente.\t \t \t \t
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