Mesmo com a ordem judicial, que determinou a retirada dos sem-terra, \n as 600 pessoas da MAF (Movimento de Agricultura Familiar), que montaram \n acampamento margens da BR-163, na saída para São Paulo, não sairão do \n local até a chegada da empresa CCR MS Via, que detém o domínio da \n rodovia.De acordo com um dos coordenadores do movimento, Rodionei\n Merlin, 40 anos, eles irão esperar a empresa derrubar os barracos. \n “Eles disseram que irão trazer patrolas para derrubar. Eu quero ver eles\n derrubando. É legal vê-los trabalhando”, ironizou.A ordem, \n expedida pelo juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 16ª Vara Cível, teve\n o pedido ingressado pela ALL (América Latina Logística) no dia 29 de \n setembro. Uma oficial de Justiça compareceu ao assentamento, por volta \n das 10h, junto com a Polícia Militar, para fazer a segurança.Os \n sem-terras moravam na Gameleira, mas se mudaram para a rodovia, \n pressionando o Governo para agilizar a desapropriação de terras para \n assentá-los. Eles também alegavam que tinha muita lama no acampamento \n anterior, onde chegaram até a receber luz elétrica e água.O \n movimento ficou famoso pela quantidade de carros encontrados no \n acampamento. O MAF possui cerca de cinco mil pessoas em Mato Grosso do \n Sul. Em Campo Grande são quase 1,5 mil adepto, com duas páginas no \n Facebook.