Polícia
06/02/2013 09:00:00
Caso de "criança fujona" mobiliza equipe do Conselho Tutelar
Tudo começou na manhã de terça-feira (5), quando a equipe do jornal Midiamax se deparou com uma criança machucada no antebraço esquerdo, dormindo num banco, na região central da cidade.
Midiamax/LD
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\n \n Tudo começou na manhã de terça-feira (5), quando a equipenbsp;do\n jornal Midiamax se deparou com uma\n criançanbsp;machucada no antebraço esquerdo, dormindo num banco, na região\n centralnbsp;da cidade. O que aparentava ser mais um caso de abandono, ou\n maus-tratos, acabou se revelando um dilema vivido pelo Conselho Tutelar da\n Região Sul de Campo Grande. \n \n O menino, J.L.F.E. de 12 anos,nbsp;trajandonbsp;uma camisa do\n homem aranha,nbsp;residente na avenida Três Barras, no bairro Lagoa Dourada,\n já é conhecido como uma criança fujona pelas autoridades. \n \n A cena do menino dormindo na ruanbsp;comoveu populares, que\n passavam pelo local.nbsp;Apesar de ele contar quenbsp;era bem tratado em\n casa,nbsp;a equipe de reportagem resolveu acionarnbsp;a polícianbsp;para se\n informar como proceder. \n \n A princípio, o Conselho Tutelar da Região Central foi o indicado\n para encaminhá-lo, porque o menino foi encontrado na redondeza, mas em seguida,\n ele foi levado a outro local, em razão da área onde mora. \n \n Personalidade \n \n Ao longo do percurso, pode-se notar a ingenuidade do menino, ao\n contar suas peripécias e os seus sonhos. Quero ser policial militar porque\n ajuda as pessoas. Também é legal ser fotógrafo. Se eu tivesse idade, podia\n trabalhar com vocês, disse sorrindo e feliz, ao aprender manusear a máquina\n fotográfica. Sua maturidade também chamou a atenção, ao explicar como funciona\n o atendimento no próprio Conselho. \n \n Mas, de acordo com a coordenadora do Conselho da Região Sul,\n Andreia Almeida Silva, a primeira vez que ele deu entrada no órgão foi em\n outubro do ano passado e, desde então, vive fugindo. Segundo a conselheira,\n os pais dão toda assistência possível e ele tem mais quatro irmãos, dos quais\n incentiva a fugir. \n \n Andreia contou que uma possível justificativa do seu comportamento\n seria que uma vez foi flagrado tentando abusar da irmã mais nova. Mas seria uma\n fase de descobertas, quando teve todo acompanhamento da família e foi\n atendido no Caps (Centro de Atendimento Psicossocial Infantil). \n \n No momento, a preocupação do Conselhonbsp;é a consequência deste\n comportamento. Ele viola os próprios direitos, ao fugir de casa. Eu mesma fiz\n questão de levá-lo de volta para investigar a situação. Os pais já não sabem o\n que fazer com ele. Estou preocupada porque esse menino pode entrar no mundo das\n drogas, desabafou. \n \n A criança ficou no Conselho aguardando os trâmites, enquanto iriam\n solicitar uma equipe de acolhimento para devolvê-la aos pais. A conselheira\n informou que já encaminhou a situação ao Ministério Público, e está aguardando\n o parecer técnico. \n \n Recomendações \n \n Uma vez que a criança foi para a rua, não vai querer mais ficar\n em casa. Porque lá não tem obrigações, não precisa estudar. Na cabeça dela, só\n tem diversões. Não se preocupa com os riscos e nem com a violência, destacou\n Andreia, ao pedir para divulgar algumas recomendações. \n \n Ela foi enfática em dizer, que ao encontrar com uma criança na rua\n não se deve oferecer comida e nem dinheiro. Segundo a conselheira, o mais\n indicado é ligar para polícia (190), para saber a melhor forma de agir.\n \n \n \n \n
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