Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Polícia
22/05/2017 12:15:00
Comandante do 47º BI diz que sargento pode chegar a ser excluído do Exército
O coronel explicou que, depois de transitado em julgado os processos de tentativa e homicídio e porte ilegal de arma de fogo, o sargento deve responder a um processo administrativo no Exército.

Sheila Forato

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Foto: PC de Souza

Na manhã desta segunda-feira (22), o comandante do 47º Batalhão de Infantaria, coronel Everton Lauriano Pedro, recebeu a imprensa na sede do Guerreiro Pantaneiro, as margens da BR-163, em Coxim, para falar sobre o caso do sargento Glaydston Pinheiro, de 23 anos, que atirou na boca do assessor parlamentar Marcilon Marçal, de 33 anos, na madrugada de domingo (21), em Coxim.

O coronel explicou que, depois de transitado em julgado os processos de tentativa e homicídio e porte ilegal de arma de fogo, o sargento deve responder a um processo administrativo no Exército, que pode resultar, inclusive, em sua expulsão caso ele seja condenado. Entretanto, é importante ressaltar, que vai ter direito a ampla defesa, em todas as esferas.

Everton tranquilizou a sociedade coxinense, garantindo que o Exército vai cumprir tudo o que for determinado pela polícia e, posteriormente, pela Justiça. Segundo o coronel, o sargento ainda não tem estabilidade e está preso numa sala do 47º BI, onde tem uma cama e banheiro. Ele tem direito diariamente a banho de sol de duas horas, assim como visitas também por duas horas.

Everton explica que apenas o advogado pode visitá-lo fora desse horário. Além disso, o preso tem direito a ligações, mas não tem acesso a regalias, como televisão, computador ou celular. Na tarde desta terça-feira (23), Pinheiro deve participar da audiência de custódia, onde vai ser definido se ele continua preso ou se vai responder ao processo em liberdade.

A pedido da imprensa, o comandante pediu que Pinheiro fosse questionado sobre a possibilidade de conversar com as equipes de reportagens que estavam no local, para que pudesse apresentar sua versão, mas, mais uma vez, o sargento se negou. Por enquanto, a única informação por parte do autor é de que ele tenha alegado legítima defesa.

O crime

Depois de se desentender com o assessor parlamentar, o sargento sacou um revólver de calibre 38 de disparou contra a cabeça da vítima, acertando a boca, na madrugada de domingo (21), nas imediações de uma boate, na região central de Coxim. Consciente, mas em estado grave, Marçal foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.

Devido a gravidade do ferimento, que estilhaçou a mandíbula da vítima, ele foi transferido para a Santa Casa de Campo Grande, ficou 7 horas numa mesa de cirurgia e terá de passar por outra, nos próximos 10 dias. A bala que estava alojada na região do pescoço foi removida e Marçal segue internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e seu estado inspira cuidados.

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