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Polícia
27/06/2016 16:38:00
Despesas médicas de suposto assassino de Rafaat teriam sido pagas por advogados

Midiamax/LD

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Investigações do Ministério Público do Paraguai apontam que os advogados e irmãos Calixto Quiñónez Diaz e Juan Carlos Quiñónez Díaz pagaram as despesas médicas do brasileiro Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, um dos envolvidos na morte do empresário Jorge Rafaat Toumani, na noite do dia 15 de junho.

De acordo com o jornal paraguaio Última Hora, Juan já tinha defendido um suposto soldado do PCC (Primeiro Comando da Capital), que havia sido preso com balas para metralhadoras Browning M2 calibre .50 em Pedro Juan Caballero. Calixto por sua vez, foi preso com 60 quilos de cocaína em 2013 no Brasil.

Ainda segundo investigações foi Calixto quem pagou as despesas médicas de Sérgio Lima no hospital de Pedro Juan. Foram 1.280.000 guaranis pagos no hospital e 5.000.000 guaranis pagos pela locação da ambulância que fez o transporte de Sérgio de um hospital para outro.

Para os investigadores da polícia paraguaia, os responsáveis pela morte de Jorge Rafaat eram membros do PCC e estariam ligados a Jarvis Chimenes Pavão, condenado e preso em Tacumbu, com quem Rafaat teria uma desavença. Os oficiais da polícia descreveram o ex militar brasileiro Sérgio Lima dos Santos como uma importante referência da PCC.

Audiência

Calixto Quiñónez Diaz e Juan Carlos Quiñónez Díaz foram chamados na tarde do último sábado (25) para uma audiência no Ministério Público de Pedro Juan Caballero. Os promotores paraguaios querem saber quem deu assistência ao brasileiro desde a hora em que foi ferido durante o ataque a Rafaat até o momento em que deu entrada no hospital já com o curativo no rosto.

De acordo com investigações o advogado Juan Carlos Quiñónez explicou que uma mulher teria ligado em seu celular dizendo que estava em um hospital, com medo do que havia acontecido e pedia ajuda. A mulher é supostamente irmã do ex-militar brasileiro acusado de matar Rafaat. Em seguida, os dois irmãos, Juan Carlos e Calixto, teriam ido até a sede da polícia para relatar que uma pessoa com um ferimento de arma de fogo estaria no hospital.

Enquanto Juan Carlos comunica os promotores, Calixto acompanha Sérgio Lima ao Hospital Regional e posteriormente para o Metropolitano. A promotora Camila Rojas disse que as investigações continuam para saber quem é o responsável pelo ataque, mas que por enquanto não é possível citar nomes.

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