Wellington André Rodrigues dos Santos, de 21 anos, que foi preso na manhã desta quinta-feira (28) pela Polícia Civil, poucos minutos após executar o adolescente Ozéias Teixeira Vicente, de 17 anos, confessou o crime e alegou que matou para proteger os filhos.
Em entrevista exclusiva ao Edição de Notícias, Wellington disse que Ozéias ligava constantemente ameaçando matar ele e os filhos, um menino de 2 anos e uma menina de apenas 8 meses. “Troquei várias vezes de número, cheguei a tirar meus filhos da creche, mas ele sempre dava um jeito de ligar pra dizer que ia matar eu e minhas crianças” disse ele.
Conforme o jovem, as provocações entre os dois começou depois que Ozéias o acusou injustamente de ter furtado algumas armas no ano passado. Wellington disse que chegou a ser ouvido pela polícia, mas o envolvimento dele não foi comprovado.
De acordo com Wellington, na manhã desta quinta-feira ele recebeu outra ligação de Ozéias questionando sobre o paradeiro dele. O jovem se recusou a dizer sua localização e perguntou onde Ozéias estava escondido, momento em que o mesmo teria dito que estava numa residência na Rua Jatobá, na Vila do Pequi.
Cansado das ameaças e temendo pela segurança dos filhos, Wellington pegou um revólver e foi com um amigo de moto até o local. Ele entrou com o capacete na cabeça, foi até os fundos da casa, onde Ozéias estava sentado numa cadeira de rodas debaixo de uma árvore e efetuou os disparos.
Dois tiros atingiram a vítima, que chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu assim que deu entrada no Hospital Regional Álvaro Fontoura.
Wellington disse que após o crime foi até a cabeceira da ponte velha e jogou a arma nas águas do Rio Taquari. Ele foi preso minutos depois pela Polícia Civil, em sua residência localizada no bairro Senhor Divino.
O autor foi encaminhado para a 1ª Delegacia onde será ouvido pelo Delegado Gustavo Mussi e deve ser indiciado em flagrante por homicídio doloso qualificado. A Polícia Civil segue nas investigações para tentar identificar o motociclista que deu fuga a Wellington. Ele negou que tenha fugido em um GM Corsa prata e confirmou que contou apenas com a ajuda de um amigo que conduzia uma moto.