G1-MS/LD
ImprimirA Força Aérea Brasileira (FAB) revelou à imprensa sul-mato-grossense nesta sexta-feira (24), em Dourados, detalhes da megaoperação Ostium, criada para fechar o cerco contra voos irregulares ligados ao narcotráfico que adentraram o território brasileiro.
Além de radares em solo, as equipes ainda contam com aeronaves especiais. Entre os modelos estão helicópteros de combate AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk, caças A-29 super tucano e aeronaves remotamente pilotadas (não tripuladas) RQ-450, popularmente conhecidas como "drones".
A operação foi apresentada na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, de forma simulada, para mostrar na prática como funciona o trabalho. Após detectar uma aeronave suspeita, o primeiro passo, de acordo com protocolo da Aeronáutica, é o controlador de tráfego aéreo acionar o piloto de defesa aérea.
Já no ar, o piloto faz o reconhecimento do avião suspeito e orienta o pouso. Quando obedecido, são tomadas medidas em solo. Quando isso não acontece, o piloto da Força Aérea poderá receber a autorização para proceder com tiro de aviso - que não atinge o avião. Caso a intimidação não surta efeito, o interceptador poderá receber nova autorização para atirar contra a aeronave.
Essa é a primeira vez que a Aeronáutica realiza sozinha uma megaoperação, segundo a própria Força Aérea. As outras, das quais a FAB participou, não tinham apenas o ar como foco, mas também ambientes aquáticos e terrestres - um exemplo é a operação Ágata.
Campo Grande e Dourados estão servido de base para os militares em Mato Grosso do Sul envolvidos na Ostium. A operação serve para reforçar ainda mais o espaço aéreo nacional para desaticular o tráfico de drogas, que, de acordo com a FAB, tem optado por voos devido a operações frequentes por terra e água, realizadas pelo Exército e Marinha, respectivamente.
A operação Ostium se estende por 8.500 quilômetros: desde as regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul ao Rio Grande do Sul. O trabalho está previsto para durar até o final do ano.