MMN/PCS
ImprimirEstrutura organizada com divisão de tarefas, com hierarquia bem definida e ocultação de prova: assim foi descrita a facção criminosa envolvida na execução de Edeilson Cardoso dos Santos, de 40 anos, morto a tiros na noite de sábado (26) em Coxim. Delci seria da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Um dos membros da facção rival figurava como “geral da cidade de Coxim” da organização criminosa, e responsável pela residência onde o grupo coordenava as ações, inclusive com o fornecimento da pistola e motocicleta usadas na execução.
Ainda conforme informações, ele teria verdadeiro poder de ingerência em outros participantes, com poder disciplinar e de julgamento, com prévio conhecimento sobre o crime a ser cometido em face da vítima rival. Os outros membros, de 21 e 28 anos, teriam sido mandados pela organização criminosa para fazer a execução da vítima.
Os dois teriam vindo de Rio Verde de Mato Grosso, demonstrando segundo a polícia um padrão usado em execuções de rivais. Outro integrante figuraria como “disciplina de bairro”, e teria ficado com a função de buscar, resgatar e ocultar a arma usada no crime, enquanto o rapaz de 18 anos ficou com a tarefa de recuperar a motocicleta abandonada no posto.
Execução de Delci e prisão de autores
Os envolvidos na execução foram presos após os policiais seguirem os rastros da moto e, durante o patrulhamento, abordaram um jovem de 18 anos em atitude suspeita. Ao ser abordado, ele revelou que havia acabado de sair da casa de um jovem de 21 anos, já conhecido no meio policial por envolvimento em crimes graves.
Na residência, os policiais encontraram outros dois suspeitos, de 21 e 28 anos. Um deles, o jovem de 21 anos, confessou pertencer a uma facção criminosa e afirmou que Delci era integrante de um grupo rival. Ele ainda disse ter recebido a missão de levantar informações sobre a rotina da vítima, com apoio dos demais envolvidos.
Segundo o relato, uma pistola calibre 9mm, que estava sob sua guarda, foi repassada a dois indivíduos vindos de outra cidade com a incumbência de executar o crime. Após a ação, os executores teriam feito contato para confirmar que a “missão” havia sido concluída.
Com isto, as equipes das polícias Militar e Civil se deslocaram até Rio Verde de Mato Grosso, onde localizaram e prenderam os dois autores do homicídio, de 22 e 27 anos.