Luma Danielle Centurion
ImprimirYara Silva Correia, de 19 anos e seu irmão Jorge Augustinho da Silva, de 38 anos, acusados de matar Sebastião Carlos Pereira de Oliveira, de 42 anos, se apresentaram na Delegacia de Polícia Civil de Costa Rica.
Os irmãos estavam acompanhados pelo advogado Ramiro Piergentile Neto. Yara contou ao site Eu Conto Tudo que matou seu marido pois estava com muito medo, já que ele sempre dormia com uma faca embaixo do travesseiro e naquela noite havia ameaçado matar todos na casa assim que acordasse, inclusive ele já havia arrumado a mala para fugir depois que praticasse o crime.
Ela também contou que seu marido judiava muito dos filhos do casal, um menino de cinco anos e uma menina de três. O menino apresenta uma queimadura no rosto do lado esquerdo, que segundo Yara, foi provocada por Oliveira.
Yara também relatou que estava casada com Oliveira desde que tinha onze anos e que eles estavam vivendo em Costa Rica há quatro meses, vindos do estado de Goiás.
Como Oliveira não trabalhava a família estava vivendo do seguro desemprego de Yara e ajuda do INSS de Jorge. Ela contou que a família vivia em estado de miséria, sem comida, as crianças não iam escola e nem tinham brinquedos.
A acusada diz estar aliviada e arrependida, já que segundo ela era matar ou morrer. Ela também afirmou que teme que as pessoas com quem seu marido “trabalhava” possam vir atrás dela e de seu irmão, já que Oliveira pertencia a uma facção criminosa.
Oliveira já foi preso em Jataí-GO acusado de tráfico de drogas. Os irmãos foram indiciados por homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver.
O Crime
Sebastião Carlos Pereira de Oliveira, de 42 anos, foi encontrado morto e enterrado numa cova rasa, na manhã deste domingo (24) no quintal de sua residência, localizada no bairro Vale São Francisco, em Costa Rica.
Para cometer o crime Yara Silva Correia, de 19 anos, contou com a ajuda de seu irmão. Juntos eles pegaram uma pedra de aproximadamente 40 quilos e jogaram na cabeça de Oliveira, que dormia num colchão no chão.
Em seguida a dupla enterrou o corpo junto com o colchão numa cova rasa no quintal do imóvel e ligaram para o advogado deles informando o ocorrido. O motivo seria porque a família vivia sob constantes ameaças de morte feitas por Oliveira, que inclusive os mantinham em cárcere privado e chegou a jogar água quente no rosto do filho de Yara.
A pedra usada para cometer o crime foi apreendida pela polícia no local, assim como uma faca que estava próximo ao quarto onde a vítima foi morta.