Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Polícia
16/10/2017 15:30:00
Para polícia, todos que se relacionaram com criança agredida são suspeitos

Sheila Forato

Imprimir
Exames comprovaram que vermelhidão no olho era conjuntivite viral, mas hematomas são investigados (Foto: Arquivo familiar de agosto de 2017)

Nesta segunda-feira (16), a delegada Sandra Regina Simão de Brito, da DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher), começou ouvir as pessoas que se relacionaram com a menina de 2 anos, que teria sido agredida na semana passada em Coxim.

Segundo a delegada, os indícios apontam que a menina foi agredida, sofrendo graves lesões, como traumatismo craniano, ruptura do intestino e trauma na coluna. Em estado grave, a menina foi transferida para Campo Grande.

Para a delegada, todos que se relacionaram com criança na semana passada são considerados suspeitos. A dinâmica contada para a polícia, até o momento, é de que na terça-feira (10) a menina caiu em casa.

Na manhã do dia seguinte foi para a casa da avó e na quinta-feira (12) começou a passar mal e foi levada pela mãe, uma adolescente de 16 anos, para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim, de onde foi transferida no mesmo dia.

Na Santa Casa de Campo Grande a menina passou por procedimentos e foi levada para a UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) do Hospital Universitário, onde segue internado em estado grave.

Se a agressão é um fato, a polícia busca provas que comprovem a autoria. A delegada pede que possíveis testemunhas procurem a DAM. “Não precisa ser testemunha desse fato, mas de outros que comprovem a agressividade de qualquer pessoa com essa criança”, ponderou a delegada.

Histórico de conflitos

A polícia tem levantado que a família da menina vive em conflito. No dia 11 de agosto deste ano a avó da menina procurou a delegacia para registrar maus tratos contra a criança. Na época, a suspeita recaia sobre um Centro de Educação Infantil.

A vítima passou por exames e o caso segue sendo investigado. Apesar dos hematomas distribuídos pelo corpo, a vermelhidão no olho da menina não foi causada por agressão, mas em decorrência de uma conjuntivite viral.

Depois de suspeitarem do CEI, a avó acusou a filha, que devolveu a acusação. Foi quando a adolescente deixou a casa da mãe para morar com a sogra, que a ajuda cuidar dos filhos.

Nessa mesma época, a adolescente registrou um boletim de ocorrência contra um irmão, que teria a ameaçado de morte. Mãe e filha são protagonistas de outros dois boletins de ocorrência.

Quando a adolescente tinha 11 anos ela disse que era abusada por seu padrasto da época. Este caso foi registrado em Rio Verde, como estupro.

Além da criança agredida, a adolescente tem outro filho, de quatro meses. Quando ela morava com os filhos e o pai do menino, em Sonora, foi registrado um boletim, onde o ex-padrasto foi acusado de morder a menina.

Já em Coxim, a adolescente diz que suspeita que o atual marido de sua mãe tente abusar de sua filha. Ela contou à polícia que ele bate na vagina da criança e pergunta cadê a ‘pepequinha’ do vovô.

Em meio a todo esse conflito tem a tia da menina agredida, irmã da adolescente, que vai tentar a guarda das crianças, pelo menos até que tudo seja esclarecido.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias