Quarta-Feira, 17 de Setembro de 2025
Polícia
15/09/2025 15:20:00
Polícia apurou, mas só descobriu estupro de meninas pelos pais dez anos depois em MS
Polícia Civil diz que caso foi arquivado por 'falta de provas de autoria' em Ponta Porã

TMN/PCS

Imprimir
Foto: Itaporã O Jornal

Marido e mulher forampresos, no sábado (13), em Nova Andradina, por estupro de vulnerável contra as próprias filhas, crimes ocorrido em 2014, emPonta Porã. A polícia chegou a investigar o crime, mas o caso foi arquivado por falta de provas.

A prisão aconteceu em Nova Alvorada do Sul, atual, onde os suspeitos moravam atualmente. O homem, de 46 anos, é acusado de estupro e a mulher, de 39 anos e madrasta e mãe das duasvítimas, de acobertar o crime e coagir as crianças, que àépoca tinham 9 e 12 anos.

Conforme as informações da polícia, em 2014, a vítima de 9 anos foi diagnosticada com sífilis, doença sexualmente transmissível e confirmada no pai e na madrasta, o que levantou as suspeitas do estupro.

Entretanto, durante escuta com psicóloga, a menina disse que ela e a irmã, então com 12 anos, foram abusadas por um vizinho desconhecido. O caso foi arquivado por falta de provas de autoria. Na ocasião, a polícia não relacionou os casos da doença sexual entre os membros da família.

Dez anos depois, o caso voltou a ser investigado após uma denúncia anônima no Disque 180, que apontava o homem como o autor dos abusos, e com o relato que ele teria feito outras vítimas.

O homem é suspeito de cometer o mesmo crime em outras cidades de Mato Grosso do Sul como Campo Grande e Nova Alvorada do Sul. O casal teve a prisão temporária decretada e a Polícia Civil segue com as investigações.

Traumas

As filhas, hoje com 20 e 23 anos, foram contatadas pela Polícia Civil. Uma delas decidiu comparecer à Delegacia e confirmou que os abusos foram praticados pelo próprio genitor ao longo de vários anos, desde a infância, e que, por medo e coação, foi obrigada a sustentar a versão falsa de que o agressor era um vizinho desconhecido.

A segunda filha foi ouvida por videoconferência e confirmou os abusos, relatando que eles começaram por volta dos 7 anos e se repetiram até aproximadamente os 11 anos de idade. A vítima demonstrou forte abalo emocional ao descrever o sofrimento vivido.

As investigações apontam ainda que outras meninas também foram vítimas, entre elas enteadas do suspeito e a própria filha da atual companheira, que tinha conhecimento dos crimes. De acordo com os relatos, a mulher não só encobria os abusos como também coagia as vítimas a permanecerem em silêncio.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias