G1/LD
ImprimirO presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (20) que a nova pauta econômica apresentada pelo Palácio do Planalto é um "equívoco", além de "desrespeito" ao Congresso e um "abuso".
Na avaliação de Rodrigo Maia, o Congresso deve pautar aquilo que entende ser "relevante".
Nesta segunda (19), o governo apresentou uma lista com 15 projetos que passarão a ser prioritários no Congresso como alternativa à proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
A reforma teve a tramitação suspensa nesta semana. O Artigo 60 da Constituição diz que a Carta não pode ser emendada enquanto estiver em vigor um decreto de intervenção federal, como é o caso do Rio de Janeiro.
"A apresentação de ontem [segunda, 19] foi um equívoco, foi desrespeito ao parlamento, já que os projetos já estão aqui e nós vamos pautar aquilo que nós entendermos como relevante, no nosso tempo", afirmou Maia nesta terça. "Isso é um abuso", acrescentou.
Rodrigo Maia disse ainda que, na visão dele, o governo fez um anúncio que não atende à sociedade por ter uma "fixação" de dar respostas à população.
"Este anúncio precipitado de ontem, sem um debate mais profundo, eu acho que não colabora e essa não será a pauta da Câmara. O governo não precisa ficar apresentando pautas de projetos que já estão aqui. Isso é um café velho e frio que não atende à sociedade", afirmou.
"Nem conheço as 15 (propostas). Nem li, nem vou ler". - Rodrigo Maia, presidente da Câmara
Previdência
Questionado sobre a possibilidade de pontos da reforma da Previdência serem alterados por meio de projetos de lei ou de medidas provisórias, Maia disse não concordar.
"O governo não tem voto para votar a reforma da Previdência, não dá para ficar criando espuma com a sociedade num tema tão grave como esse. Ou o governo vai apresentar os votos ou eu não vou ficar discutindo, mesmo que por projeto de lei, algo que eu não sei se o governo tem maioria para votar", afirmou.