Terra/PCS
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Um tubarão atacou, no fim da tarde da segunda (21), um turista paranaense de 33 anos que mergulhava na Praia do Sueste, em Fernando de Noronha, Pernambuco. A vítima teve o membro superior direito amputado na região do antebraço. Ele foi atendido por médicos do Hospital São Lucas, com reforço de um cirurgião, um ortopedista e um anestesista que estavam na ilha a passeio.
O paciente encontrava-se estável, até o fechamento desta edição, e deve chegar ao Recife no início da manhã desta terça (22). A Administração do Arquipélago providenciou a transferência dele em uma UTI Aérea. Na Capital, ele deverá ser atendido no Hospital da Restauração.
De acordo como engenheiro de pesca e curador do Museu do Tubarão, Leonardo Veras, a situação está sendo investigada. “Não sabemos ao certo o que aconteceu. A esposa do paciente informou que ele mergulhava sozinho no fim da tarde e deu um grito. Ele conseguiu chegar à praia nadando uns 300 metros e foi socorrido.
Precisamos saber se ele tocou no animal, se estava segurando alguma isca. Precisamos lembrar que tubarões atacam no mundo todo. Em Noronha, estávamos blindados dessa estatística, mas agora aconteceu. O que aconteceu foi por causa de pessoas que tentaram manipular o peixe. Estamos apurando para saber se isso ocorreu nesse caso”, disse.
Coma chegada do turista ao Recife, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) vai executar o protocolo que definirá como aconteceu o fato em Noronha. Na segunda (21), o coordenador do Cemit, coronel Clóvis Ramalho, não tinha informações suficientes para garantir o ataque, que foi confirmado pela Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha. “Estamos fazendo o levantamento para podermos fazer o comunicado oficial”, explicou o oficial.
As espécies de tubarões mais comuns em Fernando de Noronha, segundo Leonardo Veras, são Lima, Lixa, dos Recifes e Tigre. Sobre possíveis condições ambientais que poderiam possibilitar um ataque o pesquisador explicou que elas não existem na Ilha. “Não há desequilíbrio ecológico e água é clara o suficiente para o animal identificar a presa correta. Por isso o fato de hoje precisa ser apurado”, disse.