Sábado, 3 de Maio de 2025
Brasil
31/05/2013 07:14:26
Brasil despenca em ranking de competitividade
Um relatório divulgado nesta semana por um dos mais respeitados centros de ensino na Suíça indicou que o Brasil é um dos países menos competitivos do mundo.

R7/LD

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\n \n Um\n relatório divulgado nesta semana por um dos mais respeitados centros de ensino\n na Suíça indicou que o Brasil é um dos países menos competitivos do mundo.
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\n De 2012 para 2013, o país caiu do 46º para o 51º lugar entre 60 nações\n analisadas pela escola de negócios IMD. Na comparação entre o ano passado e\n 2011, o Brasil já havia recuado duas posições no ranking.
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\n O relatório, chamado IMD World Competitiveness Yearbook, analisa o\n gerenciamento das competências de cada país na busca por mais prosperidade.
\n nbsp;\n \n —\n A competitividade de uma economia não pode ser reduzida apenas a PIB e\n produtividade; cada país ou empresa também tem que lidar com dimensões\n políticas, sociais e culturais. Cada nação tem que criar um ambiente que tenha\n a estrutura, as instituições e as políticas mais eficientes para encorajar a\n competitividade dos negócios.
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\n Baseados em dados disponíveis e pesquisas próprias, o ranking avaliou o\n desempenho de cada país em quatro áreas: desempenho econômico, eficiência\n governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.nbsp;
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\n A liderança da lista foi ocupada pelos Estados Unidos, que desbancaram Hong\n Kong e voltaram ao topo, enquanto que a Venezuela foi considerado o menos\n competitivo dos países pesquisados.
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\n Economia baseada em\n consumo
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\n O Brasil também foi um dos que mais perderam posições desde que o ranking\n global de competitividade, incluindo países desenvolvidos e emergentes, começou\n a ser compilado pelo instituto, em 1997.
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\n Naquele ano, o país ocupava a 34º colocação entre 46 países.
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\n Entre as nações que mais ganharam posições (cinco ou mais) no ranking, estão\n China, Alemanha, Coreia do Sul, México, Polônia, Suécia, Suíça, Israel e\n Taiwan.
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\n Além do Brasil, Argentina, Grécia, Hungria, Portugal, África do Sul, entre\n outros, registraram as maiores quedas.
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\n "O Brasil deixou de fazer reformas importantes que, se postas em prática,\n poderiam aumentar a competitividade do país frente a outras nações do\n globo", afirmou ànbsp;reportagem o diretor do centro de competitividade\n mundial do IMD, Stéphane Garelli.
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\n — Além disso, o país possui uma economia mais baseada no consumo do que na\n produção. Como resultado, deixou de priorizar investimentos em setores em que\n poderia ser se tornar competitivo.
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\n Garelli acrescenta que outras nações latino-americanas, como Chile, Argentina\n ou Venezuela também vêm perdendo terreno e sendo "desafiadas" por\n economias emergentes da Ásia, mais competitivas.
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\n O mesmo aconteceu, segundo ele, com alguns países da Europa, como Itália,\n Espanha, Portugal e Grécia, fortemente atingidos pela crise financeira mundial.
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\n Para o especialista, tais nações não diversificaram suficientemente suas\n indústrias ou controlaram os gastos públicos, de modo que, agora, têm de\n enfrentar fortes pacotes de austeridade fiscal.
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\n Ele, no entanto, ressalva que generalizações são "enganosas".
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\n — A competitividade da Europa vem caindo, mas Suíça, Suécia, Alemanha e Noruega\n seguem um caminho diferente, colhendo os louros de suas políticas de estímulo à\n competitividade. A América Latina também vem desapontando, mas há grandes\n companhias globais por toda a região.
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\n Garelli continua:
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\n — Os Brics são totalmente diferentes em suas estratégias de competitividade e\n performance, mas permanecem como uma terra de oportunidades. No final, as\n regras de ouro da competitividade são simples: produzir, diversificar,\n exportar, investir em infraestrutura, dar apoio a pequenas e médias empresas,\n incrementar disciplina fiscal e manter coesão social.
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\n Austeridade x\n competitividade
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\n Garelli também lembrou que as medidas de austeridade fiscal, em geral,\n reduziram a competitividade dos países que implantaram medidas para conter\n gastos.
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\n Segundo ele, embora a reorganização das finanças tenha sido considerada por\n grande parte dos governos como uma condição para o crescimento sustentável no\n futuro, o remédio para a crise foi ministrado "rápido demais".
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\n — Os pacotes de austeridade encontram oposição da população. Os países precisam\n de coesão social para alcançar a prosperidade.nbsp;É como se uma pessoa\n precisasse emagrecer. Ela não pode deixar de comer, do contrário, morrerá;\n precisa diminuir seu peso aos poucos, de forma a atingir plenamente seus\n objetivos.\n \n \n \n \n
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