\n \n Reunidos\n em assembleia em vários Estados do país, na noite desta quinta-feira (12),\n trabalhadores do setor financeiro, em campanha salarial, decidiram entrar em\n greve a partir do dia 19 de setembro. \n \n Carlos\n Cordeiro, presidente da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do\n Ramo Financeiro), entidade ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores),\n disse ao Valor que a paralisação será por tempo indeterminado e espera que os\n "banqueiros" atendam à reivindicação de 11,93% de reajuste salarial\n (5% de aumento real), piso salarial para a categoria bancária referente ao\n valor calculado pelo Dieese (acima de R$ 2.000) e o fim das demissões no setor,\n além de melhores condições de trabalho.nbsp;O Contraf representa dez\n federações e 143 sindicatos das bases onde trabalham cerca de 95% dos 490 mil bancários\n do país.\n \n De\n acordo com a confederação, a proposta da Fenaban foi o ajuste de 6,1% sobre\n salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição,\n cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.). Também propõe participação nos\n lucros e resultados (PLR) de 90%, mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$\n 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano\n passado). Também foi proposta uma parcela adicional da PLR - 2% do lucro\n líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.\n \n De\n acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, a\n categoria tem nova assembleia marcada para a próxima terça-feira (18), na\n Galeria dos Empregados no Comércio, "para ratificar a decisão tomada na\n assembleia de hoje e cumprir as exigências legais da Lei de Greve, que\n determina uma segunda assembleia para ratificar a paralisação".\n \n Como\n a pauta dos bancários é unificada, os funcionários do Banco do Brasil e da\n Caixa Econômica Federal também vão paralisar as atividades, assim como os\n trabalhadores dos bancos privados.\n \n Segundo\n a Contraf, a Fenaban negou aumento real nos salários, propondo somente a\n recomposição da inflação, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao\n Consumidor). "A proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos\n bancários sobre emprego, saúde,nbsp; condições de trabalho, segurança e\n igualdade de oportunidades", diz a Contraf.\n \n \n