A floresta tropical da Amazônia vai ganhar, ainda este ano, uma torre\n de 325 metros de altura para observação de mudanças climáticas na \n região. Batizada como Torre Atto (sigla em inglês para Amazon Tall Tower\n Observatory), será resultado de parceria entre Brasil e Alemanha. Os \n dois países vão investir R$ 7,5 milhões no observatório, que teve suas \n bases lançadas hoje (15) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)\n do Uatumã, a 150 quilômetros de Manaus. A previsão é que a obra seja \n concluída em novembro próximo. Como um dos ecossistemas mais \n sensíveis do planeta, que desempenha papel importante na estabilização \n do clima, o objetivo da torre é medir os impactos das mudanças \n climáticas globais nas florestas de terra firme da Amazônia, medindo a \n interação da floresta com a atmosfera. Além disso, a torre também \n servirá para pesquisas inéditas de química da atmosfera, como trocas \n gasosas, reações químicas e aerossóis, processos de transporte de massa e\n energia na camada limite da atmosfera. De acordo com o Instituto\n Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o local de instalação da \n torre foi escolhido após uma série de estudos em conjunto com o \n Instituto Max Planck, da Alemanha, e a Universidade do Estado do \n Amazonas (UEA). Os técnicos optaram por uma área de terra firme na \n floresta - ambiente mais comum na variada paisagem amazônica. A Torre \n Atto será a primeira do tipo na América do Sul, quatro vezes mais alta \n do que a atual torre de observação do Inpa, que tem 80 metros. A \n torre funcionará ininterruptamente, e terá vida útil estimada entre 20 e\n 30 anos. Estão previstas também quatro torres menores - com 80 metros \n de altura, cada - em volta da Torre Atto, com o objetivo de medir fluxos\n e transportes horizontais, dando auxilio na obtenção de dados da torre \n principal. A estrutura de observação climática é um empreendimento \n conjunto, liderado pelo Inpa, Instituto Max Planck e pela UEA, mas com \n participação também de outras instituições.