O\n Laboratório de Pesquisas Gemológicas (Lapege), considerado o mais moderno da\n América do Sul, foi inaugurado nesta terça-feira no Rio de Janeiro com o\n objetivo de “melhorar o desenvolvimento do setor brasileiro da joalheria, as\n gemas e a bijuteria”, de acordo com o pesquisador responsável, Jürgen\n Schnellrath.\n \n O\n laboratório, que fica no Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da\n Ciência, Tecnologia e Inovação, na Ilha do Fundão, é equipado com material de\n ponta para averiguar a verdadeira origem das pedras preciosas e evitar as\n imitações sintéticas, muito comuns no mercado, explicou Schnellrath na\n cerimônia de inauguração.\n \n Um dos\n aparelhos que mais chama atenção no local é um espectrofotómetro capaz de medir\n e comparar a quantidade de luz absorvida por uma determinada pedra.\n \n “A nossa\n competência aqui é mais voltada para a parte de identificação e caracterização\n de pedras preciosas, mas também metais preciosos”, explicou Schnellrath em\n entrevista à “Agência Brasil”.\n \n Conforme\n explicou, existem diamantes coloridos que podem chegar a valer US$ 1 milhão o\n quilate e que, em algumas ocasiões, a cor é criada artificialmente para sua\n falsificação, algo que com o equipamento é possível identificar.\n \n “Daí, o\n Cetem ter investido nas técnicas mais avançadas, para poder resolver problemas\n que até hoje não tinham solução”.\n \n Entre os\n objetivos do Lapege está estabelecer um acordo de colaboração com o Instituto\n Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) o transformando no encarregado da\n emissão dos certificados de autenticidade das joias e pedras preciosas.\n \n Segundo o\n IBGM, o setor brasileiro de gemas e joias gera 350 mil empregos diretos no\n país, e em 2012 registrou um faturamento de R$ 7,5 bilhões. Quase toda a cadeia\n produtiva (96%) é formada de micro e pequenas empresas.\n \n “O Brasil\n foi o maior produtor mundial de diamantes, durante 150 anos, desde o início da\n época colonial até 1866, quando foram descobertos diamantes na África do Sul”,\n afirmou Schnellrath.