G1/AB
ImprimirCerca de 100 pessoas se reuniram em Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, para homenagear o menino Bernardo Boldrini, morto em abril deste ano. Neste sábado (6), ele completaria 12 anos. Em Santa Maria, onde o menino foi sepultado, amigos e familiares visitaram o túmulo e prestaram homenagens.
Bernardo foi encontrado morto no dia 14 de abril, enterrado em um matagal no município de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde residia com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril. São acusados de participação na morte dele o pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e seu irmão Evandro Wirganovicz. Os quatro estão presos.
Os amigos de Bernardo, colegas de escola e moradores de Três Passos se reuniram na praça da cidade. Eles levaram balões coloridos, cartazes e adesivos que se misturaram às inúmeras mensagens enviadas de vários locais do país.
De mãos de dadas, o grupo fez uma oração e contou parabéns. Pombas foram soltas para representar um pedido de paz nas famílias, momento de muita emoção para os amigos. Depois, ao som de um música feita para Bernardo, as pessoas caminharam até a casa onde ele morava, onde novamente rezaram e depositaram flores.
Em Santa Maria, onde o menino foi sepultado ao lado da mãe, familiares e amigos visitaram o túmulo no Cemitério Ecumênico Municipal. O túmulo ficou coberto de flores. Velas também foram acessa. Durante a tarde, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima lotou para uma missa em memória ao menino.
Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem de um sedativo e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.
O inquérito apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ainda conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.