\n \n O governo deve promover nos próximos\n dias mudanças na cúpula do Banco do Brasil e da Previ, para tentar por fim à disputa\n pública envolvendo os presidentes das duas instituições, disseram à Reuters\n fontes do governo, do PT e do banco estatal.
\n \n Segundo essas pessoas familiarizadas\n com o assunto, os executivos apontados como pivôs da crise -o vice-presidente\n de governo do BB, Ricardo Oliveira, e o presidente do fundo de pensão dos\n funcionários do banco, Ricardo Flores, já foram comunicados de que serão\n demitidos.
\n \n Uma fonte do PT disse à Reuters que\n Flores foi comunicado nesta sexta-feira que deixará o comando do fundo de\n pensão. Porém, esse interlocutor não sabia quem seria o substituto. Já uma\n fonte do banco confirmou que Oliveira também foi avisado pelo governo da\n decisão.
\n \n Segundo as fontes, que pediram\n anonimato, as trocas não poderiam ser feita antes porque atrapalhariam os\n esforços do governo de usar os bancos estatais para forçar a queda dos spreads\n bancários.
\n \n Desde o mês passado, BB e Caixa\n Econômica Federal anunciaram uma série de cortes de juros em várias linhas de\n financiamento para pessoas físicas e empresas, movimento que tem sido\n parcialmente seguido pelos bancos privados.
\n \n O governo retardou as mudanças\n também para esperar os resultados da intervenção do ministro da Fazenda, Guido\n Mantega, no começo do ano, na briga entre os membros da cúpula das duas instituições.\n O Planalto considerou, entretanto, que a disputa não havia sido encerrada de\n maneira satisfatória.
\n \n Por conta da briga ainda latente, a\n disposição do governo é fazer trocas simultâneas logo e nas duas instituições.\n Na avaliação de uma das fontes, fazer trocas apenas em um dos postos\n "seria tomar partido de um dos lados".
\n \n Para outra fonte, o presidente do\n BB, Aldemir Bendine, será mantido no cargo.
\n \n Segundo uma das fontes, a presidente\n Dilma convidou o ex-senador pelo PR César Borges para assumir o lugar de\n Oliveira. O convite havia sido feito ao partido em março, em uma proposta em\n que o PR recebesse dois cargos de comando em estatais e abrisse mão de\n recuperar o comando do Ministério dos Transportes.
\n \n À época, o partido rejeitou a\n proposta.\n \n \n \n \n