Sexta-Feira, 2 de Maio de 2025
Brasil
20/09/2012 07:15:19
Greve faz Correios suspenderem serviços em alguns estados; trabalhadores preparam contraproposta
Anunciada pela própria empresa, a suspensão vale inicialmente para a Grande São Paulo e para os estados do Paraná e do Tocantins, além do Distrito Federal.

Agência Brasil/LD

Imprimir
\n \n A\n greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)\n provocou a suspensão, desde a tarde de hoje (19), dos serviços prestados com\n hora marcada, entre eles o Sedex 10, o Sedex Hoje e o Disque-Coleta. Anunciada\n pela própria empresa, a suspensão vale inicialmente para a Grande São Paulo e\n para os estados do Paraná e do Tocantins, além do Distrito Federal.\n \n A\n paralisação atinge 20 das 27 unidades da Federação. Segundo a direção dos\n Correios, 10,7 mil trabalhadores pararam suas atividades no primeiro dia do\n movimento, o que corresponde a 9% dos 120 mil funcionários da empresa. Já o\n comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de\n Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima uma adesão média de 60% nos\n estados que deflagraram o movimento.\n \n Integrante\n do comando de negociação da Fentect, Sebastião Cruz adiantou, em entrevista à\n Agência Brasil, que amanhã (20) as assembleias de greve devem analisar e votar\n a apresentação de uma nova proposta por parte da categoria. A contraproposta\n seria baseada em uma sugestão feita hoje (19) pela ministra Cristina Peduzzi,\n vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em audiência na sede do\n tribunal, a ministra propôs reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80,\n reajuste de 8,84% do vale-alimentação e a manutenção das demais cláusulas\n sociais atualmente em vigor, além da compensação dos dias de paralisação.\n \n "Vamos\n remeter amanhã [20] uma nova orientação do comando nacional para todos os\n estados, para que as assembleias de greve votem uma contraproposta parecida com\n a proposta da ministra, que não será a proposta ideal, mas é a possível de ser\n negociada no momento", disse Cruz. "Devemos abrir mão da nossa\n reivindicação inicial de 43,7% e protocolar essa nova proposta até a próxima\n segunda-feira [24]", completou.\n \n A\n proposta formulada pela vice-presidenta do TST foi rejeitada pelos\n representantes dos Correios na audiência, sob o argumento de que ela\n "comprometeria a sustentabilidade econômica da empresa". Sem acordo,\n o dissídio coletivo deve ir a julgamento na próxima semana. A relatora\n designada é a ministra Kátia Arruda, da Seção Especializada em Dissídios\n Coletivos do TST. O tribunal concedeu liminar que exige da Fentect a manutenção\n pelo menos 40% do efetivo em cada unidade de trabalho, sob pena de multa diária\n de R$ 50 mil.\n \n Conforme\n Sebastião Cruz, o principal objetivo seria aumentar o piso da categoria. O\n salário inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e\n transbordo é R$ 942. Com a proposta de 5,2% feita pela originalmente pela\n empresa, passaria a R$ 991. Pela contraproposta a ser votada pelas assembleias,\n subiria para R$ 1.070. "Estamos demonstrando boa vontade desde quando adiamos\n a greve, na semana passada, e agora, quando, ao contrário da empresa,\n insistimos na negociação", disse Cruz. "A população precisa ser\n solidária aos trabalhadores dos Correios."\n \n "Para\n garantir a entrega de cartas e encomendas à população, a empresa está adotando\n medidas como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de\n trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos finais de\n semana", reiteraram, em nota, os Correios.\n \n Perguntada\n pela Agência Brasil se a empresa tem recorrido a outras medidas alternativas\n como o uso de quartéis do Exército, o que já ocorreu em outras paralisações, a\n estatal respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que "por\n motivos de segurança, não detalhamos as medidas de contingência".\n \n Em\n nota, o Sindicato das Empresas Franqueadas de Comunicação do Paraná informou\n que as cerca de 80 agências franqueadas dos Correios no estado continuarão\n abertas. "Evidentemente haverá contratempos, mas a recepção de cartas,\n impressos e encomendas continuará sendo feita normalmente pelas\n franqueadas", diz o documento.\n \n O\n secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná\n (Sintcom-PR), Luiz Antonio de Souza, declarou que, mesmo com as agências\n abertas, o que também inclui as unidades próprias dos Correios, o serviço de\n entrega está comprometido. "Aqui em Curitiba toda a carga de\n correspondências e encomendas está parada dentro de caminhões, estacionados\n perto da rodoferroviária", disse Souza, em entrevista à Agência Brasil. "Não\n adianta postar um objeto na agência se ele não será coletado nem\n entregue."\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias