Brasil
09/05/2014 06:44:24
Juiz determina quebra de sigilo bancário da Petrobras e de ex-diretor
Moro determinou que a Petrobras apresente, em 20 dias, dados sobre as transferências de valores transferidos para as empresas.
Agência Brasil/PCS
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O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, \n determinou hoje (8) a quebra de sigilo bancário da Petrobras e do \n ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, além de empresas que \n participaram da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. \n Moro determinou que a Petrobras apresente, em 20 dias, dados sobre as \n transferências de valores transferidos para as empresas. A medida faz \n parte das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O\n pedido de quebra de sigilo foi feito pelo Ministério Público Federal \n (MPF) para investigar suspeitas de desvios de recursos públicos na \n construção da refinaria. De acordo com decisão do magistrado, a quebra \n de sigilo é necessária para rastrear a origem e o destino dos valores. \n As informações financeiras referem-se ao período de 01/01/2009 e \n 31/12/2013. Ressalvo a quebra de sigilo da Petrobras, pelo menos\n na via pretendida pelo MPF. Medida da espécie, pelo gigantismo da \n empresa, seria contraproducente. Além disso, o interesse é limitado aos \n pagamentos por ela efetuados ao Consórcio Nacional Camargo Correa \n CNCC, a Construções Camargo e Correa S/A, e eventualmente a Sanko Sider \n Ltda. e a Sanko Serviços de Pesquisa e Mapeamento, decidiu o juiz. Em\n outra decisão divulgada hoje (8), o juiz Sérgio Fernando Moro rejeitou \n pedido para transferir Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef \n para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ambos foram presos na \n Operação Lava Jato, deflagrada no mês passado, pela Polícia Federal. O\n ex-diretor e Youssef respondem a dois inquéritos na Justiça Federal do \n Paraná. No primeiro, Paulo Roberto Costa é acusado por desvios de \n recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras,\n em Pernambuco. O ex-diretor também é acusado de obstruir as \n investigações da operação. Conforme a investigação, os desvios tiveram a\n participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e \n de Youssef, dono de empresas de fachada. Deflagrada no dia 17 de \n março, a Operação Lava Jato desarticulou uma organização que tinha como \n objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De\n acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades \n Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões. Segundo\n a polícia, o grupo investigado, além de envolver alguns dos principais\n personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil, é responsável \n pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas \n físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de \n drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de \n divisas, extração e contrabando de pedras preciosas, além de desvio de \n recursos públicos. Procurada pela Agência Brasil,\n a Petrobras informou que ainda não foi intimada da decisão. A empresa \n reafirmou seu compromisso de continuar colaborando com o Poder \n Judiciário para esclarecimento dos fatos. A operação foi \n intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e \n postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.
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