Brasil
05/09/2012 11:41:57
Médicos de SP cruzarão braços para planos de saúde nesta quinta
Após nove meses de negociação sem chegar a um consenso com as operadoras de planos de saúde, médicos do Estado de São Paulo farão nesta quinta-feira uma interrupção do atendimento eletivo aos planos de saúde.
Terra/PCS
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\n \n Após\n nove meses de negociação sem chegar a um consenso com as operadoras de planos\n de saúde, médicos do Estado de São Paulo farão nesta quinta-feira uma\n interrupção do atendimento eletivo aos planos de saúde. Foram 34 reuniões, de\n acordo com a Associação Paulista de Medicina (APM), em que os profissionais\n tentaram com que as operadoras aceitassem a pauta de reinvindicações, sem\n sucesso. A orientação é que os pacientes remarquem as consultas e procedimentos\n em outras datas. \n \n Segundo\n o movimento, a paralisação tem o objetivo de denunciar "abusos dos planos\n de saúde prejudiciais à prática da medicina e, portanto, aos pacientes".\n "Serão interrompidos apenas os tratamentos e as cirurgias eletivas, o\n atendimento de urgência e emergência será absolutamente mantido", afirmou\n Florisval Meinão, presidente da associação de médicos.\n \n Entre\n as reivindicações da APM, está o estabelecimento do honorário médico em R$ 80\n por consulta; segundo a entidade, a remuneração atual varia de R$ 25 a R$ 60. "Um preço\n desses inviabiliza manter o consultório aberto", afirmou Renato Azevedo\n Junior, presidente do Cremesp. "Não tem reajuste anual, a gente chega a\n ficar dez anos sem ter nenhum reajuste, e quando tem é muito abaixo dos índices\n inflacionários", reclamou.\n \n Outra\n reclamação dos profissionais é a respeito da interferência dos planos de saúde\n em procedimentos médicos, como não autorizar procedimentos, demora para\n autorizá-los ou cobranças indevidas de procedimentos já autorizados,\n exemplifica Azevedo Junior. "Tudo isso porque essas empresas visam o\n lucro, mas isso acarreta no prejuízo do paciente e, em segundo lugar, os\n médicos, que estão deixando de atender os planos."\n \n De\n acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) é livre a\n negociação entre médicos e planos sobre os serviços a serem prestados. A\n associação informou em nota que não tem como atribuição discutir a remuneração\n dos prestadores de serviços. "O movimento dos médicos é aceitável, desde\n que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde",\n diz a entidade.\n \n \n \n \n
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