Brasil
13/05/2014 09:00:00
Pai de Bernardo é indiciado sob suspeita de planejar a morte
Apesar disso, segundo a delegada Caroline Bramberg, responsável pela investigação, antes de fazer essa queixa o pai contou ter ligado diversas vezes para o celular do filho.
FOLHAPRESS/AB
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O inquérito sobre o assassinato de Bernardo Boldrini, 11, entregue à Justiça hoje, aponta o médico Leandro Boldrininbsp; como suspeito de planejar a morte do filho. A polícia diz ter \n encontrado "vários indícios" de que ele tinha conhecimento do crime e \n que não só foi o mentor como forneceu a receita médica para o sedativo \n injetado no menino.
\n Além de Boldrini, a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e uma amiga \n dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, também foram \n indiciadas. Elas admitiram participação no crime, mas a defesa de \n Boldrini nega envolvimento do médico. A polícia pediu a prisão \n preventiva dos três.\n \n Segundo a delegada Carolina Bamberg, responsável pelo caso, o casal foi \n indiciado sob suspeita de praticar homicídio qualificado e ocultação de \n cadáver, com motivo fútil ("desamor e ódio") e torpe (o pagamento a \n Edelvânia) e meio insidioso, que dificultou a defesa da vítima.\n \n Um dos indícios contra Boldrini é que, ao procurar pelo filho dois dias \n após seu desaparecimento, o médico reclamou com amigos que o celular do \n menino estava em casa.\n \n Apesar disso, segundo a delegada Caroline Bramberg, responsável pela \n investigação, antes de fazer essa queixa o pai contou ter ligado \n diversas vezes para o celular do filho.\n \n "Também nos levou a seguir o caminho de que era um homicídio o fato de \n que Leandro nunca foi na casa das pessoas procurar o menino [no \n passado]. Há relatos de que ele passava até 15 dias [fora]. Por que \n neste final de semana ele foi?", disse a delegada.\n \n "E outra coisa que nos chamou a atenção foi que ele descartava algumas \n pistas [de onde Bernardo poderia estar] sem nem mesmo averiguar", \n completou.\n \n A receita utilizada dias antes do crime para comprar o sedativo \n Midazolam, encontrado no corpo de Bernardo e possível causa da morte \n dele, também teria sido assinada por Boldrini em nome de Edelvânia. \n Segundo a delegada, a assinatura se parece com a de Boldrini, mas ainda \n passará por perícia.\n A polícia afirma ainda que, em uma ligação telefônica interceptada, \n parentes de Leandro falam que Graciele e Edelvânia assumiriam a culpa e \n isentariam o pai do garoto em troca de sustento financeiro.\n \n A delegada citou diversos episódios que mostram, segundo ela, o \n "desamor" do pai pelo menino. Em um aniversário de Bernardo, por \n exemplo, o pai teria dito que não gostava do garoto depois de ouvir do \n menino que o odiava.\n \n "Desde o início notamos nele um comportamento diferente do que se espera\n de alguém que está com seu filho desaparecido. Leandro e Graciele \n passaram a impressão de que estavam até satisfeitos com o ocorrido", \n afirmou Bamberg.\n \n Desde o final de janeiro, continuou a delegada, havia sinais de que a \n vontade de matar o garoto era compartilhada pelo casal. Uma testemunha \n disse à polícia que ouviu de Graciele que ela e Leandro queriam matar o \n menino e só não o fizeram porque não tinham onde esconder o corpo.\n \n Passo a passo do crime\n \n Segundo a polícia, o crime ocorreu em Frederico Westphalen, cidade a 80 \n km de Três Passos, onde Bernardo morava. Na tarde de 4 de abril, a \n madrasta o convidou para ir até o município vizinho buscar um aquário \n para o garoto.\n Antes que saíssem de casa, de acordo com a investigação, Graciele deu um comprimido ao menino com a justificativa de que, assim, ele não passaria mal no caminho.\n \n Ao chegar, os dois encontraram a assistente social, e Graciele aplicou uma injeção no garoto.\n \n De acordo com a polícia, foi Edelvânia \n quem admitiu que o crime foi premeditado. Em depoimento, ela contou que \n havia sido procurada dias antes por Graciele, que lhe disse que o garoto\n "incomodava" muito e que queria matá-lo.\n \n Edelvânia não respondeu na hora, e Graciele voltou a procurá-la, oferecendo ajuda financeira, segundo a polícia.\n Para concluir o inquérito, a polícia se baseou em depoimentos, imagens e\n no resultado de perícias técnicas, que apontaram a presença do sedativo\n Midazolam no corpo de Bernardo.\n \n Foi a mesma substância que Edelvânia disse à polícia ter sido aplicada \n pela madrasta no garoto. Dias antes, a assistente social também comprou \n uma escavadeira junto de Graciele.
\n Imagens mostraram o carro de Edelvânia e Graciele próximos ao local onde\n o corpo foi encontrado, dois dias antes do crime o que reforçou a \n suspeita da polícia de que o assassinato foi planejado.\n \n Segundo a polícia, vídeos mostraram a madrasta e o garoto em Frederico \n Westphalen, no dia da morte. Os dois estavam no carro e encontram \n Edelvânia. Horas depois, de acordo com a polícia, apenas Graciele e a \n assistente social são vistas no veículo
\n Além de Boldrini, a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e uma amiga \n dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, também foram \n indiciadas. Elas admitiram participação no crime, mas a defesa de \n Boldrini nega envolvimento do médico. A polícia pediu a prisão \n preventiva dos três.\n \n Segundo a delegada Carolina Bamberg, responsável pelo caso, o casal foi \n indiciado sob suspeita de praticar homicídio qualificado e ocultação de \n cadáver, com motivo fútil ("desamor e ódio") e torpe (o pagamento a \n Edelvânia) e meio insidioso, que dificultou a defesa da vítima.\n \n Um dos indícios contra Boldrini é que, ao procurar pelo filho dois dias \n após seu desaparecimento, o médico reclamou com amigos que o celular do \n menino estava em casa.\n \n Apesar disso, segundo a delegada Caroline Bramberg, responsável pela \n investigação, antes de fazer essa queixa o pai contou ter ligado \n diversas vezes para o celular do filho.\n \n "Também nos levou a seguir o caminho de que era um homicídio o fato de \n que Leandro nunca foi na casa das pessoas procurar o menino [no \n passado]. Há relatos de que ele passava até 15 dias [fora]. Por que \n neste final de semana ele foi?", disse a delegada.\n \n "E outra coisa que nos chamou a atenção foi que ele descartava algumas \n pistas [de onde Bernardo poderia estar] sem nem mesmo averiguar", \n completou.\n \n A receita utilizada dias antes do crime para comprar o sedativo \n Midazolam, encontrado no corpo de Bernardo e possível causa da morte \n dele, também teria sido assinada por Boldrini em nome de Edelvânia. \n Segundo a delegada, a assinatura se parece com a de Boldrini, mas ainda \n passará por perícia.\n A polícia afirma ainda que, em uma ligação telefônica interceptada, \n parentes de Leandro falam que Graciele e Edelvânia assumiriam a culpa e \n isentariam o pai do garoto em troca de sustento financeiro.\n \n A delegada citou diversos episódios que mostram, segundo ela, o \n "desamor" do pai pelo menino. Em um aniversário de Bernardo, por \n exemplo, o pai teria dito que não gostava do garoto depois de ouvir do \n menino que o odiava.\n \n "Desde o início notamos nele um comportamento diferente do que se espera\n de alguém que está com seu filho desaparecido. Leandro e Graciele \n passaram a impressão de que estavam até satisfeitos com o ocorrido", \n afirmou Bamberg.\n \n Desde o final de janeiro, continuou a delegada, havia sinais de que a \n vontade de matar o garoto era compartilhada pelo casal. Uma testemunha \n disse à polícia que ouviu de Graciele que ela e Leandro queriam matar o \n menino e só não o fizeram porque não tinham onde esconder o corpo.\n \n Passo a passo do crime\n \n Segundo a polícia, o crime ocorreu em Frederico Westphalen, cidade a 80 \n km de Três Passos, onde Bernardo morava. Na tarde de 4 de abril, a \n madrasta o convidou para ir até o município vizinho buscar um aquário \n para o garoto.\n Antes que saíssem de casa, de acordo com a investigação, Graciele deu um comprimido ao menino com a justificativa de que, assim, ele não passaria mal no caminho.\n \n Ao chegar, os dois encontraram a assistente social, e Graciele aplicou uma injeção no garoto.\n \n De acordo com a polícia, foi Edelvânia \n quem admitiu que o crime foi premeditado. Em depoimento, ela contou que \n havia sido procurada dias antes por Graciele, que lhe disse que o garoto\n "incomodava" muito e que queria matá-lo.\n \n Edelvânia não respondeu na hora, e Graciele voltou a procurá-la, oferecendo ajuda financeira, segundo a polícia.\n Para concluir o inquérito, a polícia se baseou em depoimentos, imagens e\n no resultado de perícias técnicas, que apontaram a presença do sedativo\n Midazolam no corpo de Bernardo.\n \n Foi a mesma substância que Edelvânia disse à polícia ter sido aplicada \n pela madrasta no garoto. Dias antes, a assistente social também comprou \n uma escavadeira junto de Graciele.
\n Imagens mostraram o carro de Edelvânia e Graciele próximos ao local onde\n o corpo foi encontrado, dois dias antes do crime o que reforçou a \n suspeita da polícia de que o assassinato foi planejado.\n \n Segundo a polícia, vídeos mostraram a madrasta e o garoto em Frederico \n Westphalen, no dia da morte. Os dois estavam no carro e encontram \n Edelvânia. Horas depois, de acordo com a polícia, apenas Graciele e a \n assistente social são vistas no veículo
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