Brasil
31/03/2013 11:33:02
Relatório contraria Dilma e diz que raio causou apagão
Ao contrário do que declarou publicamente a presidente Dilma Rousseff, raios podem deixar o país às escuras, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Folha/PCS
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\n \n Ao contrário do que declarou publicamente a presidente Dilma Rousseff, raios\n podem deixar o país às escuras, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema\n Elétrico). \n \n Análise do órgão obtida pela Folha\n sobre o último apagão de 2012, em 15 de dezembro, revela que foi justamente uma\n "interferência eletromagnética" que levou mais de 3,5 milhões de\n consumidores, em 12 Estados, a ficar sem luz por uma hora. \n \n "No instante da perturbação havia uma sequência de descargas\n atmosféricas na região", cita o relatório, do ONS, responsável pela\n coordenação e pelo controle da operação das instalações de geração e transmissão\n de energia elétrica. \n \n Com isso, "o sistema de proteção automático da usina desligou 5 das 6\n unidades geradoras [equipamentos responsáveis por gerar energia]". \n \n No ano passado, Dilma chegou a comentar esse apagão: "No dia em que\n falarem para vocês que caiu um raio, vocês gargalhem. Cai raio todo dia nesse\n país. Raio não pode desligar o sistema, se desligou, é falha humana." \n \n Indiretamente, Dilma rebatia as afirmações do diretor-geral do ONS, Hermes\n Chipp, e do próprio secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e\n Energia, Ildo Grüdtner, que já haviam apontado os raios como motivo para a\n falha. \n \n A presidente disse ainda ter visto o mapa da distribuição dos raios pelo\n país no dia em que houve o problema.
\n "Não é sério dizer que a culpa é do raio." \n \n Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha recebeu sete análises do ONS sobre falhas no fornecimento de\n energia do segundo semestre de 2012. \n \n O apagão a que a presidente se referia teve origem na hidrelétrica\n Itumbiara, no rio Paranaíba, entre Itumbiara (GO) e Araporã (MG). \n \n DESCARGAS \n \n O texto afirma que Furnas, empresa responsável pela usina, precisa\n diagnosticar por que a interferência de corrente elétrica acionou o sistema de\n proteção. \n \n Ao Ministério de Minas e Energia Furnas também atribuiu a falha a\n "provável surto em razão das condições atmosféricas adversas com descargas\n atmosféricas". \n \n Os efeitos do desligamento em Itumbiara foram tão severos que levaram a\n perda de sincronismo no sistema elétrico nacional, separando-o em três\n "ilhas". \n \n Em outro caso de interrupção no fornecimento de energia, ocorrido no\n Espírito Santo e no Rio, em 31 de outubro, um raio foi mais uma vez apontado\n pelo ONS como uma das causas do apagão. \n \n Dessa vez, entretanto, a perturbação começou com curto-circuito em linha de\n transmissão entre Campos (RJ) e Cachoeiro de Itapemirim (ES). \n \n Quando a falha ocorreu, outra linha da usina de Campos não respondeu aos\n comandos, pois já havia sido desligada devido a rupturas dos cabos que ocorreu\n após "descarga atmosférica".\n \n \n
\n "Não é sério dizer que a culpa é do raio." \n \n Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha recebeu sete análises do ONS sobre falhas no fornecimento de\n energia do segundo semestre de 2012. \n \n O apagão a que a presidente se referia teve origem na hidrelétrica\n Itumbiara, no rio Paranaíba, entre Itumbiara (GO) e Araporã (MG). \n \n DESCARGAS \n \n O texto afirma que Furnas, empresa responsável pela usina, precisa\n diagnosticar por que a interferência de corrente elétrica acionou o sistema de\n proteção. \n \n Ao Ministério de Minas e Energia Furnas também atribuiu a falha a\n "provável surto em razão das condições atmosféricas adversas com descargas\n atmosféricas". \n \n Os efeitos do desligamento em Itumbiara foram tão severos que levaram a\n perda de sincronismo no sistema elétrico nacional, separando-o em três\n "ilhas". \n \n Em outro caso de interrupção no fornecimento de energia, ocorrido no\n Espírito Santo e no Rio, em 31 de outubro, um raio foi mais uma vez apontado\n pelo ONS como uma das causas do apagão. \n \n Dessa vez, entretanto, a perturbação começou com curto-circuito em linha de\n transmissão entre Campos (RJ) e Cachoeiro de Itapemirim (ES). \n \n Quando a falha ocorreu, outra linha da usina de Campos não respondeu aos\n comandos, pois já havia sido desligada devido a rupturas dos cabos que ocorreu\n após "descarga atmosférica".\n \n \n
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