\n \n A economia brasileira deverá crescer, em média,\n acima de 1% a cada trimestre neste segundo semestre e, além disso, com as\n medidas de estímulo à produção como a desoneração da folha de pagamento e o\n barateamento do custo da energia elétrica, no ano que vem, o país deverá\n retomar o nível de crescimento em torno de 4,5%, em 2013. \n \n Essa previsão foi feita hoje (17) pelo secretário\n executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, logo após a participação\n dele no 9º Fórum de Economia, promovido em parceria entre a Fundação Getulio\n Vargas (FGV), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),\n Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e Departamento\n Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). \n \n “Não há nenhuma contradição em crescer em 4,5% no\n ano que vem e ter a redução da inflação para 4,5%”, disse ele. Diante desta\n projeção, de acordo com Barbosa, “não será preciso subir os juros [da taxa\n básica de juros, a Selic, utilizada como instrumento para conter a inflação] em\n 2013”. Segundo ele, “nós construímos as condições para isso”. \n \n Barbosa observou que a elevação da inflação neste\n ano tem origem mais em situações adversas da economia externa, como a quebra na\n safra de grãos provocada pela estiagem nos Estados Unidos e que acabaram\n pressionando os preços das commodities (produtos primários com cotação\n internacional). Mas na visão dele, são efeitos temporários. \n \n De acordo com o boletim Focus do Banco Central,\n divulgado hoje (17), a estimativa de inflação oficial, medida pelo Índice\n Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, subiu pela décima\n semana seguida, passando de 5,24% para 5,26%. Para 2013, a taxa foi revista de\n 5,54% para 5,5%. \n \n O secretário afirmou ainda que o governo brasileiro\n está atento para avaliar o impacto no mercado doméstico da decisão anunciada\n pelo governo norte-americano, na semana passada, de adquirir US$ 40 bilhões\n mensais em títulos hipotecários, política que será executada por meio do\n Federal Reserve (Fed - Banco Central norte-americano). \n \n Para Barbosa, essa é uma medida que pode aumentar o\n nível de liquidez e pressionar novamente os preços internacionais de\n commodities. Mas, por enquanto, Barbosa acha prematuro fazer projeções sobre as\n tendências e as prováveis ações que poderiam ser tomadas no Brasil. \n \n