\n \n Os\n manifestantes que protestam contra o aumento da tarifa do transporte público no\n largo danbsp;Batata, em São Paulo, expulsaram uma equipe da Rede Globo do ato\n que acontece desde as 17h.
O jornalista Caco Barcellos e seus repórteres não\n conseguiram ficar no protesto, que fecha a avenida Faria Lima. Os manifestantes\n expulsaram os profissionais com gritos de “Fora Globo” e “Central Globo de\n Mentiras”.\n \n Militantes\n identificados com bandeiras de partidos também foram hostilizados por\n manifestantes. Houve um princípio de briga entre eles. A multidão gritava para\n filiados de legendas como PSTU, PCO e PCB: “Nenhum partido nos representa”. Os\n manifestantes também bradavam palavras de ordem, destacando que o protesto “não\n é comício”. “Sem bandeira”, gritavam.\n \n Meia hora após\n a confusão, jovens que portavam bandeiras de partidos deixaram o protesto. O\n clima entre os manifestantes é tenso.\n \n O deputado\n Carlos Gianazzi (Psol), que acompanha o ato, afirmou que\n "énbsp;compreensível e natural essa desilusão com partidos".\n "Mas é importante divulgar as ideias", disse.\n \n Cerca de 4 mil\n manifestantes se concentravam no largo do Batata por volta das 17h20. A\n previsão é de que grupo inicie marcha a partir das 18h. Grande parte do\n comércio na região do Largo da Batata já fechou as portas com receio de\n tumultos. Nos poucos estabelecimentos que seguem em funcionamento, lojistas se\n dizem ’atentos’ à movimentação de manifestantes.\n \n Cenas de\n guerra nos protestos em SP
\n #8203;A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do\n transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram\n em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em\n cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de\n borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.\n \n Durante os\n atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram\n quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os\n manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de\n maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.\n \n Segundo a\n administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas\n foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação\n de quadrilha. Nonbsp;dia 13 de junho, bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela\n Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos\n violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.\n \n O cenário foi\n de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para\n todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus\n inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários\n jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.\n \n No dia\n seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin\n (PSDB) declarou quenbsp;via "ações coordenadas" oportunistas no\n movimento, reiterou "a defesa do direito de ir e vir" da população,\n mas garantiu que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de\n veículos e pessoas. No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad\n (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos cometidos,nbsp;mas\n não deixou de criticar a ação dos ativistas.\n \n As agressões\n da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais.\n Vítimas e testemunhas da ação violentanbsp;divulgaram relatos, fotografias e\n vídeosnbsp;na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e\n ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram\n organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à\n ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em\n quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.\n \n As passagens\n de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulonbsp;passaram a custar R$ 3,20\n no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.\n Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na\n inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$\n 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não\n onerar em excesso os passageiros", disse em nota.nbsp;\n \n O prefeito da\n capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso\n aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da\n Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o\n transporte público. Anbsp;propostanbsp;foi aprovada, mas não houve\n manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.\n \n \n \n \n