\n \n Equivalente a indefinição de 2011, a tradicional feira Expogrande\n (Exposição Agropecuária de Campo Grande), criada há mais de oitenta anos com a\n fundação da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), segundo\n o presidente da entidade, Francisco Maia, pode não acontecer. \n \n ”O estado de Mato Grosso do Sul ficar sem a feira é a mesma coisa\n que acabar com o carnaval da Bahia por causa de som. A prefeitura pode muito\n bem nos dar uma licença ambiental, assim como deu uma de quatro anos para o\n Jóckei Clube, que fez o show do DJ internacional recentemente. A Feira Central\n também é no centro da cidade, sempre faz shows e ninguém cobra nada. A TV\n Morena, faz o show da Virada e é a mesma coisa. A implicância, pelo que vejo, é\n somente conosco e a lei deve ser igual para todos”, explica Maia. \n \n TAC \n \n No ano passado, de acordo com Maia, o problema era assinar o TAC\n (Termo de Ajustamento de Conduta) e dar entrada na Prefeitura ao Projeto de\n Licença Ambiental. “Algo que foi feito, mas esse ano eles voltam a cobrar a\n instalação das galerias de esgoto e um projeto acústico. Ora, se os shows duram\n apenas uma semana e em todos os eventos festivos da cidade se coloca banheiro\n químico, porque conosco não pode ser assim”, questiona o presidente da\n Acrissul. \n \n Para discutir o problema, a diretoria da Acrissul estará reunida\n amanhã, a partir das 8h. Com a pauta de discussões, segundo Maia, eles levarão\n o documento ao governador do Estado, André Puccinelli. “Pediremos o apoio dele,\n reafirmando que o evento é de interesse do Estado. É uma festa que movimenta em\n uma semana cerca de R$ 120 milhões na economia da capital, gera empregos e\n outros benefícios”, diz o presidente da Acrissul. \n \n Gestor em seu segundo mandato e no terceiro ano frente aos\n trabalhos, Francisco Maia conta que contratou a Agência Santarena, uma das\n maiores empresas do Brasil no segmento country, para fazer um levantamento da festa.\n \n \n Maioria aprova \n \n “O que nós temos de mais forte é o apoio popular. Fizemos uma\n pesquisa e a aprovação dos moradores que residem próximo ao Parque de\n Exposições Laucídio Coelho, local da festa, é de 80%. A maioria das pessoas\n gosta e quer a festa, mas a prefeitura fica impondo dificuldades no\n licenciamento ambiental. Em toda a história de 80 anos de Acrissul só não teve\n a feira na 2° Guerra Mundia. Esta poderá ser a terceira vez”, explica o\n presidente. \n \n Agenda de shows \n \n Outro problema a ser discutido, segundo Maia, seria a agenda de\n shows do evento. “Nós tínhamos fechado com Luan Santana, Bruno e Marrone, Paula\n Fernandes, Skank e Michel Teló, além de 48 leilões e exposições de gados já\n confirmados. Os artistas possuem uma agenda cheia e, se não houver uma decisão\n o mais rápido possível, perderemos o contrato”, desabafa o presidente.