Sexta-Feira, 2 de Maio de 2025
Cidades
16/07/2014 09:00:00
Após denuncia do Sinpol, presos em São Gabriel são tranferidos para Coxim e Campo Grande
Os cinco presos que estavam “enjaulados” em uma “cela” improvisada na delegacia de polícia de São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros da capital, já foram transferidos para unidades prisionais na manhã desta quarta-feira (16), sendo dois para Campo Grande e três para Coxim.

Assessoria/AB

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Foto: Divulgação
Os cinco presos que estavam “enjaulados” em uma “cela”\n improvisada na delegacia de polícia de São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros da\n capital, já foram transferidos para unidades prisionais na manhã desta\n quarta-feira (16), sendo dois para Campo Grande e três para Coxim.\n \n \n \n A transferência emergencial só aconteceu após uma denúncia\n do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), realizada\n nesta segunda-feira (14), após uma visita de rotina do sindicato, que apontou\n inúmeras irregularidades na delegacia, entre elas a situação de presos em\n jaulas há mais de 20 dias, sem acesso ao banheiro, comida espalhada pelo chão, mau\n cheiro e uma realidade totalmente desumana, além da falta de efetivo que expõe\n os policiais a situações de risco.\n \n \n \n Para o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, este\n cenário caótico em que vive o estado de Mato Grosso do Sul se deve a falta de\n investimento na segurança pública, que por sua vez atinge o sistema carcerário,\n que não tem vagas para abrigar os presos e acaba afetando as esferas da força\n policial, e consequentemente deixa a sociedade a mercê da criminalidade e vivendo\n inseguramente.\n \n \n \n Barbosa ainda frisa a falta de efetivo policial. “Nesta\n situação o policial estava totalmente exposto, pois ao tirar o preso para\n levá-lo ao banheiro corria sério risco de ser surpreendido por outro e\n acontecer uma fuga. É humanamente impossível, um policial de plantão dar conta de\n dezenas de presos”.\n \n \n \n A diretoria do Sindicato relata que inúmeras delegacias\n passam por esta situação, de ter que “ficar” com presos, por dias... meses, até\n que o mesmo seja encaminhado para o presídio, mas que não pode permitir que uma\n situação como esta aconteça e ninguém faça nada. “Delegacia de polícia não é\n presídio, e não tem condições de abrigar presos. Além disso, policial não foi treinado\n para cuidar de presos, isso já falamos inúmeras vezes”, explanou o presidente.\n \n \n \n Falta de efetivo\n \n \n \n Enquanto o caos se generaliza, e a insegurança paira sobre a\n população sul-mato-grossense, 579 novos policiais civis (491 investigadores e\n escrivães, 50 papiloscopistas e 38 peritos) aguardam início do curso de\n formação, que vem sendo postergado pelo governo do estado há dois meses.\n Segundo o sindicato, no estado seriam necessários 2.400 policiais civis, e hoje\n conta com pouco mais de 1.300 escrivães e investigadores ativos.\n \n \n \n Um levantamento feito pelo Sinpol aponta que de 2007 para cá\n saíram da polícia civil 435 (investigadores e escrivães), e entraram por meio\n de concurso 288, ficando um déficit de 147. “São seis anos, e apenas 288 novos\n policiais, ou seja, dos 491 que vão entrar, 147 deles entram para cobrir um\n déficit. O estado fica devendo para a segurança pública mais de 750 policiais”,\n nbsp;finaliza Barbosa.
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