Os\n casos de estupro e abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes vem \n estampando as manchetes dos jornais de Campo Grande e do Estado. A \n grande quantidade de casos faz com que muita gente se pergunte se o \n Estado não está vivendo uma "epidemia".nbsp;Segundo a\n conselheira Janayne Pereira de Oliveira, do Conselho tutelar Norte da \n Capital, não há um aumento significativo no número de casos de estupro, \n mas sim, um aumento no número de denúncias o que leva a uma maior \n visibilidade dos episódios.“Não está havendo um \n maior número de casos, mas sim, um maior número de denúncias. As pessoas\n estão tendo mais conhecimento do papel de cidadão e fazendo denuncia \n das situações suspeitas”, diz a conselheira. “As pessoas vão investigar,\n questionar a família e fazem uma denúncia anônima. As mães também estão\n atentas com quem deixar os filhos”, acrescenta.Somente\n nos dez primeiros dias de fevereiro, vários casos tiveram repercussão e\n são investigados pela Polícia Civil. Uma adolescente de 13 anos foi \n estuprada em uma festa no bairro Jardim Noroeste. No interior, um pastou\n foi denunciado por abusar de um menino de 12 anos, em Três Lagoas, o \n pai adotivo de uma menina de 12 anos foi denunciado em Ivinhema e em \n Sidrolândia, um homem foi presos, suspeito de abusar de duas crianças, \n uma de oito e outra de seis anos.Em outro caso \n que chamou a atenção, uma menina de 10 anos de idade deu entrada em um \n hospital de Dourados para ter um bebê. Ela foi abusada e acabou grávida \n do estuprador.\n De acordo com o artigo 217 do Código Penal \n Brasileiro, o estupro de vulnerável acontece quando há conjunção carnal \n ou a prática de outro ato libidinoso com menor de 14 anos. A pena é de 8\n a 15 anos de reclusão. Conforme a conselheira, o grande número de \n denúncias se deve a maior preocupação das famílias, e, principalmente \n com a preocupação das mães com não deixar os filhos com qualquer pessoa.Com\n relação aos casos de estupro envolvendo adolescentes, Janayne diz que a\n responsabilidade é dos pais, mesmo em casos que a adolescente consentiu\n com o ato sexual.nbsp;“A responsabilidade em \n garantir a integridade do adolescente é dos pais. Mesmo que seja de \n forma consentida, os responsáveis foram negligentes no sentido dos \n cuidados, e podem ser responsabilizados. É feita uma advertência por \n escrito e o caso é encaminhado para o juizado para as providências \n cabíveis”, explica.Em muitos casos, o agressor \n pode estar dentro de casa, por isso, o grande número de casos em que o \n padrasto comete o abuso e a própria mãe não acredita no filho, gerando \n casos em que os abusos se dão por anos até serem descobertos. \n Para evitar casos de abusos sexuais, a conselheira \n diz que os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos. “Alguns\n passam a se comportar de forma agressiva, outros de forma tímida. O pai\n tem que estar atento ao comportamento do filho e quando se trata de \n bebês, verificar as partes íntimas, se há alguma coisa irregular”, \n alerta a conselheira.\t \t \t \t