Sexta-Feira, 2 de Maio de 2025
Cidades
26/06/2014 09:00:00
Copa pode espalhar doença que deixa vítima com sintomas da dengue por 1 ano
Uma parte dos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano.

CG News/AB

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Com a circulação de turistas de todos os cantos do mundo, a Copa\n pode espalhar novo vírus pelo País, que deixa a vítima com os sintomas \n da dengue por até um ano. Pelo menos nove casos estão em investigação no\n Brasil e a preocupação é grande porque a febre Chikungunya é \n transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e que existe \n em grande quantidade em várias cidades, inclusive, em Campo Grande.
Especialistas já dão praticamente como certa a multiplicação da \n doença, porém, não conseguem determinar a partir de quando. “A \n possibilidade de entrada do vírus é muito grande”, reconheceu o médico \n infectologista Rivaldo Costa. “É grande o risco de receber a doença por \n termos o Aedes”, reforçou Livia Mello Maziero, enfermeira \n gerente-técnica de doenças endêmicas do Secretaria Estadual de Saúde.O Ministério da Saúde já confirmou três casos da doença, um carioca e dois de São Paulo. Há \n cerca de um mês, segundo Rivaldo, houve detecção de seis de militares, \n vindos do Haiti, com o vírus. “Na América Central, no Caribe, são \n milhares de casos”, comentou. “A dificuldade é determinar quando isso \n virá ao Brasil, mas que virá, virá”, emendou.De acordo com o \n médico, a tendência é demorar pelo menos um ano até o vírus atingir uma \n densidade alta de fêmeas do mosquito e se espalhar pelo país. “Durante a\n Copa, não há risco de epidemia, a expectativa é mais para frente”, acrescentou.Esperançanbsp;- No Ministério da Saúde,\n o risco de multiplicação deixou a equipe em alerta. Em maio, segundo \n Lívia, um especialista no assunto deu palestra para trazer as últimas \n novidades sobre o vírus e acabou dando uma esperança de alarme falso. “A\n dúvida é se o mosquito consegue estar infectado com os dois vírus \n (dengue e Chikungunya) ao mesmo tempo”, explicou. A resposta, no entanto, ainda depende de mais estudos.A\n falta de informações sobre a doença, inclusive, é outro motivo que \n preocupa Rivaldo. “Infelizmente, os estudos estão muitos iniciais, \n resultados só para mais tarde”, disse. Apesar de sintomas semelhantes da\n dengue, o tratamento é diferente e isso pode gerar atraso no combate ao\n vírus, no caso de medicar como se fosse dengue. Para piorar, por \n enquanto, apenas um laboratório no país faz o exame para detectar \n onbsp;Chikungunya.Como a dengue, a doença dá febre, dores pelo corpo e\n na cabeça. A diferença, segundo o infectologista, é que os sintomas \n podem durar até um ano e impossibilitar o paciente. Dessa forma, \n conforme o médico, somente o tempo poderá mostrar que não se trata de dengue, mas de Chikungunya.A gerente-técnica de doenças endêmicas do Secretaria de Saúde ponderou que as dores no corpo são ainda maiores e as acarretadas pela \n dengue. “Não é simples dor no corpo, é impossibilitante, a vítima fica \n curvada, mal consegue andar”, comentou. Sobre o tratamento, os \n especialistas informaram a necessidade de tomar anti-inflamatórios.Incapacidade\n - A doença pode causar dor articular grave, que por vezes pode levar à \n incapacidade permanente, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção \n de Doenças dos Estados Unidos. A mortalidade é de uma pessoa a cada \n 1.000. A tradução do nome do vírus reflete a condição de muitos dos \n atingidos: Chikungunya quer dizer "curvar-se ou contorcer-se ou aquele \n que se dobra" no idioma makonda da Tanzânia.A doença manifesta-se\n com uma fase febril aguda que dura de dois a cinco dias, seguida de uma\n doença prolongada que afeta as articulações das extremidades. Uma parte\n dos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a \n permanência dos sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano.
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