\n \n O MPE (Ministério Público Estadual) abriu o quinto inquérito do ano para\n investigar a gestão do lixo em Campo Grande. O alvo do novo procedimento é o\n contrato da Prefeitura de Campo Grande e a empresanbsp; Anfer Construções e\n Comércio Ltda, responsável pela construção do aterro sanitário. A investigação,\n para apurar possíveis irregularidades, foi determinada pela promotora Cristiane\n Mourão Leal Santos.\n \n O contrato foi firmado em 2006 e, inicialmente, previa recursos de R$ 3,2\n milhões para implantação do aterro e recuperação do lixão. O aterro de Campo\n Grande começou a funcionar em novembro de 2012. No mês seguinte, o lixão foi\n fechado após 28 anos em atividade.\n \n No entanto, como a UTR (Usina de Triagem de Resíduos) não foi\n concluída, a Justiça liberou o acesso dos catadores de materiais recicláveis ao\n lixo. Eles reclamaram que perderam a fonte de renda. A liminar libera a entrada\n dos trabalhadores até a conclusão da obra da usina. Além do impacto social, a\n construção inacabada ameaça a vida útil do aterro, por receber todo o lixo da cidade.\n \n Em 2013, o primeiro procedimento aberto pelo Ministério Público investiga o\n processo licitatório vencido pela CG Solurb, que vai receber R$ 1,3 bilhão da\n Prefeitura para fazer a gestão dos resíduos sólidos por 25 anos. nbsp;Outro\n procedimento averigua a destinação final do lixo no aterro. Neste caso, deve\n ser proposta ação judicial para anular o contrato com a empresa.\n \n No terceiro, o MPE apura a adequação do licenciamento ambiental do aterro\n sanitário e a redução da espessura da manta impermeabilizante.nbsp;No fim de\n janeiro, outro inquérito investiga a destinação do chorume gerado pelo aterro\n sanitário Dom Antônio Barbosa II, em Campo Grande. Conforme\n o inquérito civil será apurado a viabilidade ambiental de recebimento do\n chorume pela ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Los Angeles e a eficiência\n do tratamento.\n \n \n