CG News/AB
ImprimirMorreu por volta de 11h30 desta quarta-feira (4) no Hospital da Vida, em Dourados, Cláudio Rosa, 56, que sofreu queimaduras em 80% do corpo após o amigo com quem morava colocar fogo no colchão durante uma brincadeira regada a cachaça, na noite de segunda-feira (2).
Em depoimento à polícia, o garçom Célio Novaes Tomaz, 49, que morava na mesma quitinete que Cláudio Rosa, disse que os dois tomavam cachaça quando começaram a brincar de “chamar Lúcifer”. Durante a brincadeira, Célio colocou fogo no colchão e os dois foram atingidos pelas chamas.
O garçom sofreu ferimentos leves e foi autuado em flagrante após receber atendimento médico. Já Cláudio Rosa foi internado na UTI em estado gravíssimo.
Nesta quarta-feira, o setor de enfermagem do Hospital da Vida informou que o paciente morreu em decorrência dos ferimentos. Um rapaz procurou o local e disse que era filho de Cláudio.
Ele contou aos funcionários do hospital que o pai estava desaparecido há seis anos e ficou sabendo dele quando viu a notícia sobre o incêndio. O corpo será encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Chamando Lúcifer – Após Célio colocar fogo no colchão e provocar o incêndio que provocou queimaduras nele e no amigo, o garçom foi preso por policiais militares após uma equipe ter sido acionada pelo hospital para verificar o caso.
Segundo o boletim de ocorrência, Célio confessou ter sido o autor do incêndio, iniciado após ele atear fogo no colchão onde estava Cláudio Rosa. As chamas aumentaram e também incendiaram a quitinete, localizada na rua São Francisco, no Jardim Itália.
Célio tentou fugir do local para não ser atingido pelo fogo, mas só conseguiu sair da casa com a ajuda de vizinhos.
“Eu e o Cláudio, tínhamos bebido pinga e estávamos brincando de Lúcifer, então botei fogo no colchão dele", afirmou Célio aos policiais. Ele foi autuado em flagrante por incêndio culposo e tentativa de homicídio, mas agora vai responder por assassinato.