Sheila Forato
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A rua Gilberto Reginaldo dos Santos, que corta do bairro Santa Maria em Coxim, é o símbolo do desperdício de dinheiro público. Contudo, o problema causado aos moradores daquela região, desde 2009, está com os dias contados para acabar. É que a obra começou a ser refeita pelo município.
Segundo o diretor de Projetos, engenheiro Reinaldo Melo, serão investidos mais de R$ 200 mil de recursos próprios para executar a drenagem e a pavimentação da rua, que liga as avenidas Mato Grosso do Sul e Márcio Lima Nantes, um dos principais acessos à Universidade Federal e Instituto Federal.
Para o prefeito Aluizio São José (PSB) resolver o problema daquela rua chega a ser emblemático. Ele explica que a equipe técnica trabalhou bastante, primeiro para isentar a atual administração de qualquer responsabilidade pelo ocorrido no local, depois para encontrar a solução do problema.
“Estamos felizes por refazer a obra, mas não podemos negar o peso de investir dinheiro público numa obra que já recebeu recursos. Esse montante poderia estar sendo direcionado para outra obra, até mesmo de pavimentação. É um misto de alegria e frustração, mas, quando assumimos um município temos de arcar com o ônus e o bônus, pois a população não pode ser penalizada”, ponderou o prefeito.
De acordo com Aluizio, outras obras estão na mesma situação, mas a prefeitura tem atuado para sanar todos esses problemas e entregar uma a uma à população coxinense. Algumas obras estão sendo retomadas e em breve serão entregues para os cidadãos. Essa situação foi abordada durante a sessão desta terça-feira (23) pelo vereador Franciel Oliveira.
Entenda o caso
Em outubro de 2009, na gestão de Dinalva Mourão, foi aprovado convênio entre a prefeitura e o Ministério das Cidades para pavimentação de pouco mais de 9,1 mil metros quadrados no bairro Santa Maria. A principal rua pavimentada foi a Gilberto Reginaldo dos Santos. Com 90% da obra executada, a pavimentação não aguentou as primeiras chuvas e ficou totalmente destruída.
Uma perícia contratada pela atual gestão constatou que a rua citada não poderia ser pavimentada sem drenagem, fato que foi ignorado em 2009, apesar da administração da época ter ciência dessa necessidade. Tanto que no projeto existente na prefeitura consta um documento assinado por Dinalva responsabilizando o município pela drenagem, mas essa obra não foi executada.