Quinta-Feira, 1 de Maio de 2025
Cidades
16/09/2015 11:18:00
Sul-mato-grossenses serão beneficiados com compra conjunta de medicamentos por países do Mercosul

Assessoria/AB

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O anúncio feito pelo Ministério da Saúde da compra em conjunta com demais países do Mercosul de medicamentos para aids e hepatite c, o que deverá ampliar o poder de compra dos governos, é uma boa notícia para 219 sul-mato-grossenses diagnosticados com o hepatite c em 2014.

Números da gerência técnica de dst/aids e hepatites virais da SES (Secretaria de Estado de Saúde) revelam que desde 2010, quando 225 pessoas tiveram confirmação da doença, o número tem se mantido estabilizado, já que em 2011 este número foi de 254, em 2012 de 234, em 2013 de 234 e até 28 de agosto de 2015 a secretaria já confirmou 37 casos de hepatite c no Estado.

“A nova medicação usada para o tratamento da hepatite c (gratuito no SUS) tem uma taxa de cura superior a 90%”, revela a gerente técnica de dst/aids e hepatites virais da SES, Daniele Martins. De acordo com o Ministério da Saúde, já no mês de outubro os países membros do Mercosul realizarão a primeira compra conjunta de medicamentos para hepatite C e aids.

A iniciativa tem como objetivo promover a ampliação da oferta de medicamentos de maneira mais econômica e sustentável para seus respectivos sistemas de saúde. Os preços cobrados para o mesmo medicamento pode ser até cinco vezes maior de um país para outro. O acordo prevê também a criação de um banco de preços de medicamentos e produtos de saúde.

A União explica que serão realizadas rodadas de negociações entre a indústria farmacêutica e os representantes dos países. Os quantitativos que serão adquiridos serão definidos pelos governos de acordo com as demandas locais.

“Essa é uma conquista importante em busca da sustentabilidade dos sistemas de saúde, uma vez que é de amplo conhecimento o aumento significativo dos gastos com a saúde em todo o mundo. O esforço conjunto dos países do Mercosul demonstra o compromisso destes países em oferecer para a sua população medicamentos cada vez mais modernos, ampliando o arsenal terapêutico e consequentemente o acesso ao sistema de saúde”, avaliou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.

  • BANCO DE PREÇOS

Outra medida importante será a criação de um banco de preços do Mercosul que reunirá detalhes sobre as compras de medicamentos e equipamentos realizados pelos ministérios da saúde da América do Sul. O sistema de informações contará com dados como preços das últimas compras, quantitativos, fornecedores, entre outros. A base de dados utilizada será o banco de preço do governo brasileiro. O sistema ficará concentrado no Equador, onde está situada a sede da UNASUL, e terá início imediato.

No Brasil, o orçamento para garantir o acesso aos medicamentos ofertados pelo SUS, em 2014, foi de R$ 12,6 bilhões. Para 2015, considerando o orçamento aprovado, será de R$ 14 bilhões, o que representa um crescimento de 11%. Desde 2010, o Ministério da Saúde implantou ações para aprimorar o uso de recursos, como a compra centralizada de produtos estratégicos – o que já gerou economia de R$ 1,3 bilhão – e negociação direta do Ministério com fornecedores. Atualmente, os medicamentos adquiridos de forma centralizada representam 65% do orçamento, o equivalente a R$ 8,2 bilhões.

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