Sexta-Feira, 2 de Maio de 2025
Cidades
25/12/2013 09:00:10
Teimoso, Alcides Bernal demorou a ceder e usou pouco a “caneta”
Alcides Bernal (PP) corre o risco de ser o primeiro prefeito cassado pela Câmara na história de Campo Grande. Em razão de sua teimosia, Bernal tentou governar sozinho, com minoria na Câmara e sem articulação política, por 10 meses.

CGNews/PCS

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Alcides Bernal (PP) corre o risco de ser o primeiro prefeito cassado\n pela Câmara na história de Campo Grande. Em razão de sua teimosia, Bernal\n tentou governar sozinho, com minoria na Câmara e sem articulação política, por\n 10 meses. \n \n Só no dia 5 de novembro, após muita\n insistência do PT, Bernal resolveu nomear um articulador político, Pedro Chaves\n (PSC), para a Secretaria Municipal de Governo, que iniciou a lenta montagem de\n um “governo de coalizão”.\n \n Sem experiência política anterior e\n enfrentando a resistência de Bernal, Pedro Chaves teve dificuldade de\n implementar o projeto de reforma política. Buscou inicialmente apoio de\n partidos para a formação de um “Conselho Político”, que seria composto por sete\n membros e teria poder deliberativo.\n \n Chaves chegou a anunciar a adesão do PSDB ao\n Conselho Político, o que foi negado prontamente pelo seu principal líder, o\n deputado federal Reinaldo Azambuja. Aliás, foram os tucanos que “aconselharam”\n Chaves a buscar, antes do conselho, apoio diretamente com os vereadores.\n \n Internamente, na Prefeitura de Campo Grande,\n Chaves enfrentou a resistência de Bernal às mudanças. O prefeito até aceitava\n atribuir secretarias e agências municipais ainda sem titulares ou sob\n acumulação a indicados pelos novos vereadores aliados, mas resistia a promover\n mudanças no secretariado, mantendo intocáveis nomes como o de Wanderlei Ben\n Hur, secretário de Planejamento, Finanças e Controle, e José Chadid, titular da\n pasta de Educação.\n \n Antes um pouco, já tinha sido difícil para\n Chaves e o PT convencer Bernal a demitir Gustavo Freire, o supersecretário, que\n depois de deixar a Secretaria de Governo, que acumulava, ainda conduzia a\n Secretaria Municipal de Receita. Freire responde na Justiça pela acusação de\n receber propina quando era fiscal da Receita Federal em Corumbá. Chegou a ser\n demitido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas conseguiu reverter a decisão\n em razão de falha na formação da comissão disciplinar. Exonerado a pedido da\n Prefeitura de Campo Grande, já havia articulações para que ele voltasse para a\n assessoria direta de Bernal.\n \n Uso da caneta\n \n nbsp;Alcides Bernal fez poucas nomeações\n depois da escolha de Chaves para a Secretaria de Governo, o que gerou\n insatisfação do articulador político e de um de seus principais auxiliares, o\n líder do prefeito na Câmara, Marcos Alex (PT). Este, aliás, nunca escondeu a\n insatisfação com as sucessivas derrotas na Câmara e a lentidão de Bernal em\n promover as mudanças e nomeações necessárias à ampliação do apoio de forças\n políticas à administração municipal.\n \n Só neste último mês do ano, Bernal começou a\n agir efetivamente em busca de apoio de novos vereadores na Câmara. A primeira\n nomeação de Bernal visando a construção do governo de “coalizão” aconteceu no\n dia 11 de novembro, com a escolha da médica Lillian Maksoud para comandar o\n Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG). Com isso, pode ter\n conquistado o apoio do vereador Jamal Salém (PR), que assumiu que fez a\n indicação.\n \n No mesmo dia foi feita uma articulação\n desastrada visando atrair o ex-presidente da CPI do Calote, vereador Paulo\n Siufi (PMDB). Bernal autorizou a cedência de seis funcionários para o gabinete\n de Siufi, só que seus articuladores políticos se esqueceram de consultá-lo\n sobre os nomes, solicitados no ínício do ano, e um dos cedidos já estava\n aposentado e outro de licença médica. Siufi não se sentiu contemplado e enviou\n ofício a Bernal devolvendo as cedências.\n \n A segunda e última nomeação, visando atração\n de apoio político, aconteceu só na semana seguinte, na segunda-feira (23), com\n a publicação do nome do arquiteto Dirceu Peters para a presidência da Agência\n Municipal de Habitação (Emha). Com essa nomeação, Bernal conquistou o apoio do\n vereador Paulo Pedra (PDT).\n \n Estava prevista para esse mesmo dia a\n nomeação do engenheiro Jean Saliba para a presidência da Agência Municipal de\n Trânsito (Agetran), mas houve problema na articulação política e a publicação\n não aconteceu. Saliba contemplaria o vereador Edson Schimabukuru (PTB).\n \n \n
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