Ciência e Saúde
22/02/2013 09:00:00
Brasil vai desenvolver exame definitivo para hanseníase
Um teste rápido e barato para diagnóstico de hanseníase, apontado como promissor na redução de casos da doença, deve começar a ser usado no Brasil ainda neste ano.
Veja/LD
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\n \n Um\n teste rápido e barato para diagnóstico de hanseníase, apontado como promissor\n na redução de casos da doença, deve começar a ser usado no Brasil ainda neste\n ano. Desenvolvido em parceria pelo Instituto de Pesquisas Infecciosas (Idri),\n dos Estados Unidos, e a empresa brasileira OrangeLife, o exame é feito em menos\n de dez minutos e a partir de apenas uma gota de sangue do paciente.\n \n HANSENÍASE
\n A hanseníase, conhecida também como lepra ou doença de Hansen, é uma doença\n infecciosa causada pela bactéria Mycobaterium\n leprae.nbsp; Ela danifica a pele e os nervos dos braços, mãos,\n pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento\n dos sintomas é longo, pois a bactéria que causa a doença se reproduz\n lentamente, e varia de dois a cinco anos.
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\n Entre os sintomas estão manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em\n qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam. Há também sensação de\n formigamento e dormência, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade\n ao calor, ao frio e ao toque.
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\n Segundo o Ministério da Saúde, todos os casos de hanseníase têm tratamento e\n cura. As desfigurações e incapacidades físicas causadas pela doença podem ser\n evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.\n \n A\n forma de transmissão ainda não é totalmente compreendida, mas contatos breves\n parecem não ser suficientes para transmitir a doença, que atinge cerca de 1\n milhão de pessoas no mundo.\n \n Atualmente,\n não existe um exame definitivo para identificar a hanseníase, o que dificulta o\n diagnóstico precoce. A detecção da doença é feita a partir da avaliação\n clínica, em que o médico avalia sintomas como a presença de manchas esbranquiçadas,\n avermelhadas ou amarronzadas na pele, e por um exame do tecido cutâneo que\n identifica a presença da bactéria que provoca a doença.\n \n De\n acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da\n Saúde, o novo teste, além de aumentar a chance da detecção precoce da doença,\n dará maior agilidade para a busca por pessoas que tiveram contato com\n infectados. Quanto mais rápida a identificação, maiores as chances de reduzir\n de forma significativa o número de casos, diz o secretário.\n \n Os\n grandes avanços no tratamento de doenças geralmente são constatados em duas\n ocasiões: uma inovação tecnológica ou uma mudança de estratégia. Esse teste\n associa as duas situações, diz Jarbas Barbosa.\n \n O\n Brasil é um dos líderes mundiais em número de casos da doença. Em 2011, foram\n registrados 33.955 casos, sendo que 2.420 ocorreram em pessoas com menos de 15\n anos um indicador de que a transmissão continua ativa. Apesar do alto número\n de casos, diz Barbosa, a doença está concentrada em algumas regiões. Boa parte\n dos médicos não tem familiaridade com a doença, afirma. Isso faz com que\n muitos, para evitar erro na prescrição, indiquem o tratamento só quando o\n quadro está bem definido. No entanto, além de agravar a situação do paciente,\n tal comportamento permite contaminação.\n \n Inicialmente,\n o teste deverá ser feito em dois estados, a serem definidos. No páreo estão\n Ceará, Pernambuco e Mato Grosso. Na próxima semana, uma reunião entre\n representantes do governo e da OrangeLife dever ser feita para acertar os detalhes.\n Segundo Jarbas Barbosa, na primeira etapa, o teste será acompanhado por\n representantes de centros de referência. Vamos avaliar como o teste se\n comporta no mundo real. Que tipo de treinamento profissionais terão de fazer\n para aplicar o teste, identificar eventuais dificuldades, afirma.\n \n Preço baixo \n \n O\n presidente da OrangeLife, Marco Collovati, afirma que a unidade do teste não\n deverá custar mais de um dólar. Ainda não foi acertado quantas unidades\n poderiam ser usadas nessa primeira etapa. Ele é muito fácil de ser usado. Além\n de informação ágil, ele pode dar maior independência para equipes de saúde,\n diz.\n \n O\n produto foi desenvolvido em 2012 nos Estados Unidos. Em dezembro, recebeu o\n registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do kit de\n diagnóstico, a empresa desenvolveu um aplicativo para ser usado em smartphones.\n O dispositivo, de acordo com Collovati, pode melhorar a interpretação do teste\n e facilitar o registro das informações em bancos de dados.\n \n \n \n \n
\n A hanseníase, conhecida também como lepra ou doença de Hansen, é uma doença\n infecciosa causada pela bactéria Mycobaterium\n leprae.nbsp; Ela danifica a pele e os nervos dos braços, mãos,\n pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento\n dos sintomas é longo, pois a bactéria que causa a doença se reproduz\n lentamente, e varia de dois a cinco anos.
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\n Entre os sintomas estão manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em\n qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam. Há também sensação de\n formigamento e dormência, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade\n ao calor, ao frio e ao toque.
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\n Segundo o Ministério da Saúde, todos os casos de hanseníase têm tratamento e\n cura. As desfigurações e incapacidades físicas causadas pela doença podem ser\n evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.\n \n A\n forma de transmissão ainda não é totalmente compreendida, mas contatos breves\n parecem não ser suficientes para transmitir a doença, que atinge cerca de 1\n milhão de pessoas no mundo.\n \n Atualmente,\n não existe um exame definitivo para identificar a hanseníase, o que dificulta o\n diagnóstico precoce. A detecção da doença é feita a partir da avaliação\n clínica, em que o médico avalia sintomas como a presença de manchas esbranquiçadas,\n avermelhadas ou amarronzadas na pele, e por um exame do tecido cutâneo que\n identifica a presença da bactéria que provoca a doença.\n \n De\n acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da\n Saúde, o novo teste, além de aumentar a chance da detecção precoce da doença,\n dará maior agilidade para a busca por pessoas que tiveram contato com\n infectados. Quanto mais rápida a identificação, maiores as chances de reduzir\n de forma significativa o número de casos, diz o secretário.\n \n Os\n grandes avanços no tratamento de doenças geralmente são constatados em duas\n ocasiões: uma inovação tecnológica ou uma mudança de estratégia. Esse teste\n associa as duas situações, diz Jarbas Barbosa.\n \n O\n Brasil é um dos líderes mundiais em número de casos da doença. Em 2011, foram\n registrados 33.955 casos, sendo que 2.420 ocorreram em pessoas com menos de 15\n anos um indicador de que a transmissão continua ativa. Apesar do alto número\n de casos, diz Barbosa, a doença está concentrada em algumas regiões. Boa parte\n dos médicos não tem familiaridade com a doença, afirma. Isso faz com que\n muitos, para evitar erro na prescrição, indiquem o tratamento só quando o\n quadro está bem definido. No entanto, além de agravar a situação do paciente,\n tal comportamento permite contaminação.\n \n Inicialmente,\n o teste deverá ser feito em dois estados, a serem definidos. No páreo estão\n Ceará, Pernambuco e Mato Grosso. Na próxima semana, uma reunião entre\n representantes do governo e da OrangeLife dever ser feita para acertar os detalhes.\n Segundo Jarbas Barbosa, na primeira etapa, o teste será acompanhado por\n representantes de centros de referência. Vamos avaliar como o teste se\n comporta no mundo real. Que tipo de treinamento profissionais terão de fazer\n para aplicar o teste, identificar eventuais dificuldades, afirma.\n \n Preço baixo \n \n O\n presidente da OrangeLife, Marco Collovati, afirma que a unidade do teste não\n deverá custar mais de um dólar. Ainda não foi acertado quantas unidades\n poderiam ser usadas nessa primeira etapa. Ele é muito fácil de ser usado. Além\n de informação ágil, ele pode dar maior independência para equipes de saúde,\n diz.\n \n O\n produto foi desenvolvido em 2012 nos Estados Unidos. Em dezembro, recebeu o\n registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do kit de\n diagnóstico, a empresa desenvolveu um aplicativo para ser usado em smartphones.\n O dispositivo, de acordo com Collovati, pode melhorar a interpretação do teste\n e facilitar o registro das informações em bancos de dados.\n \n \n \n \n
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