\n \n O\n Carnaval começa oficialmente na próxima sexta-feira, mas vários blocos já vêm\n arrastando multidões por todo o país desde janeiro. Preocupados com a saúde\n desses foliões, médicos do Rio de Janeiro fazem um alerta: é preciso não\n esquecer os cuidados básicos com a saúde nesse período. As informações são da\n Agência Brasil.\n \n O\n clínico geral Aloisio Fonseca, do Hospital Universitário Pedro Ernesto e\n professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de\n Janeiro, destacou hoje que uma das principais preocupações deve ser com a\n hidratação.\n \n Ele\n ressaltou que as pessoas devem beber bastante líquido, não fazer jejum\n prolongado e manter as condutas de higiene que têm no dia a dia, como por\n exemplo lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro, lavar\n frutas, legumes e verduras antes do consumo. Fonseca salientou que as medidas\n de higiene contribuem para evitar infecções intestinais, que podem levar à\n desidratação.nbsp;\n \n Na\n hora da alimentação, a recomendação é preferir comer em locais idôneos ou que\n vendam muita comida, porque significa renovação frequente dos alimentos. Comer\n em barraquinhas de ambulantes, na rua, "deve ser evitado, dentro do\n possível". Caso a necessidade obrigue a se alimentar nesse tipo de\n serviço, a receita é procurar gente que faça comida a toda hora e "não\n comer maionese e nada que possa estar feito de um dia para outro". Na rua,\n a orientação é comer arroz, salada verde, legumes e frutas. Evitar comidas\n muito pesadas, para não passar mal depois.\n \n O\n médico recomenda que se beba água mineral ou filtrada, de preferência. Segundo\n ele, as bebidas alcoólicas pedem consumo moderado. "O mínimo possível,\n sempre, que permita um Carnaval gostoso", alertou. "Principalmente,\n se for dirigir, é zero (consumo)". Ele lembrou que é muito comum nessa\n época se ver nas emergências dos hospitais gente alcoolizada, bêbada, que se\n feriu em brigas e acidentes.\n \n Para\n os passistas, que muitas vezes desfilam em mais de duas escolas na mesma noite,\n ele recomendou que a atenção deve ser redobrada. Eles devem "se manter\n sempre bem hidratados e bem alimentados". Fonseca lembrou que o uso da\n camisinha durante o Carnaval "é fundamental, para todos, para não serem\n surpreendidos depois".\n \n O\n chefe da Emergência do Hospital Samaritano, Luís Fernando de Barros Correia,\n explicou que os foliões devem ser separados entre os que têm alguma situação\n clínica de tratamento e aqueles que não têm doença alguma. Para esses, as\n preocupações são as habituais e envolvem desidratação, queimaduras de sol e\n efeitos da alimentação nessa época.\n \n O\n mesmo se aplica às crianças, para as quais os responsáveis devem ter a máxima\n atenção. "Só expô-las em ambientes adequados". Os pais devem evitar\n levar os filhos a ambientes que sejam cheios demais, em lugares fechados ou\n abertos. Dar preferência a blocos específicos para crianças. Ou seja, não\n misturar crianças em blocos de adultos, porque elas podem se machucar ou serem\n machucadas, "até de maneira inocente, porque as pessoas são adultas e estão\n pulando em volta. Vai ter bloco, é bloquinho de criança".\n \n Deve-se\n evitar usar fantasias muito elaboradas, pesadas ou de material sintético que\n impeçam as crianças de suar. Os calçados também devem ser adequados. As\n vestimentas precisam ser leves e de cores claras para permitir a transpiração.\n Isso se aplica também aos adultos. "Porque a transpiração é o mecanismo\n natural de refrigeração do nosso corpo". Além disso, as crianças devem ser\n mantidas hidratadas e com protetor solar próprio.\n \n Quanto\n às pessoas que usam medicamentos contínuos, como aqueles para diabetes, pressão\n alta ou outro problema de saúde, a preocupação dos médicos é que não deixem de\n tomar o remédio. "Tem que lembrar de tomar o remédio porque, senão, pode\n ter uma complicação grave de uma doença crônica que vai ser piorada, porque\n você está se agitando, está suando, está fazendo exercícios. Principalmente\n pessoas que têm problema de coração, com pressão alta".\n \n Para\n todas as pessoas, a recomendação de Luís Fernando Correia é que bebam\n moderadamente. "Não adianta encher a cara no primeiro dia e perder o resto\n do Carnaval no hospital ou em casa mesmo, com uma ressaca danada".\n \n Uma\n vez que bebida faz parte do Carnaval, o especialista deu alguns conselhos para\n esta época do ano. "Se beber, procure tomar bastante água durante o\n dia". Tomando água com a bebida ou sempre, você vai evitar ficar bêbado\n muito rápido e vai evitar a intoxicação pelo álcool também. E, de preferência,\n beber alimentado, para poder facilitar o funcionamento do corpo". O médico\n lembrou que esses são cuidados básicos que as pessoas costumam esquecer no\n Carnaval.nbsp;\n \n \n \n \n