Ciência e Saúde
06/05/2014 09:00:00
OMS: mais de 800 mulheres morrem por dia em complicações da gravidez
Mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto, mostra a Organização Mundial da Saúde (OMS) em dados divulgados hoje (6). A mortalidade materna, no entanto, registra redução de 45% desde 1990.
Agência Brasil/LD
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\n \n Mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na \n gravidez e no parto, mostra a Organização Mundial da Saúde (OMS) em \n dados divulgados hoje (6). A mortalidade materna, no entanto, registra \n redução de 45% desde 1990.
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\n Segundo a OMS, 289 mil mulheres morreram em 2013 devido a complicações \n relacionadas à gravidez e ao parto. Em 1990, foram 523 mil mortes.\n \n A quase totalidade das mortes maternas (99%) ocorre em países em \n desenvolvimento e um terço do total é regitrado em apenas dois países: a\n Índia (50 mil) e a Nigéria (40 mil). De acordo com a OMS, a região mais\n perigosa para se ter um filho é a África Subsaariana.\n \n A taxa de mortalidade materna nos países em desenvolvimento em 2013 foi \n 230 por 100 mil nascimentos, enquanto nos países desenvolvidos foi 16 \n por 100 mil nascidos vivos.\n \n A organização, sediada em Genebra, alerta para as grandes disparidades \n entre os países com alguns registrando taxas de mortalidade materna \n extremamente elevadas, de 1.000 por cada 100 mil nascidos vivos - e \n também entre pobres e ricos dentro de alguns países.\n \n Outro estudo da agência da ONU para a saúde, publicado hoje na revista The Lancet Global Health\n revela que uma em cada quatro mortes se deve a complicações previamente\n existentes, como diabetes, HIV, malária ou obesidade, cujos impactos \n são agravados pela gravidez.\n \n Um quarto das mortes deve-se a hemorragia severa. Outras causas \n identificadas são a hipertensão induzida pela gravidez (14%), as \n infeções (11%), obstruções e outras complicações no parto (9%), \n complicações relacionadas com o aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%).\n \n Juntos, os dois relatórios destacam a necessidade de investir em \n soluções comprovadas, como cuidados de saúde de qualidade para todas as \n mulheres durante a gravidez e o parto, e cuidados especiais para \n grávidas com problemas clínicos pré-existentes, disse a diretora-geral \n adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulher e Criança, Flavia \n Bustreo, citada em comunicado da OMS.\n \n Outro alerta da organização é sobre a falta de dados rigorosos \n relacionados à mortalidade materna. Apesar de ter aumentado o \n conhecimento sobre o número de mulheres que morrem e as razões das \n mortes, muitos dados ainda não são registrados. Trinta e três mortes \n maternas por hora são 33 mortes a mais, disse o diretor de Saúde, \n Nutrição e População do Banco Mundial, citado no comunicado.\n \n "Precisamos documentar cada um desses acontecimentos trágicos, \n determinar as suas causas e iniciar ações corretivas urgentemente, \n acrescentou Bustreo.\n
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\n Segundo a OMS, 289 mil mulheres morreram em 2013 devido a complicações \n relacionadas à gravidez e ao parto. Em 1990, foram 523 mil mortes.\n \n A quase totalidade das mortes maternas (99%) ocorre em países em \n desenvolvimento e um terço do total é regitrado em apenas dois países: a\n Índia (50 mil) e a Nigéria (40 mil). De acordo com a OMS, a região mais\n perigosa para se ter um filho é a África Subsaariana.\n \n A taxa de mortalidade materna nos países em desenvolvimento em 2013 foi \n 230 por 100 mil nascimentos, enquanto nos países desenvolvidos foi 16 \n por 100 mil nascidos vivos.\n \n A organização, sediada em Genebra, alerta para as grandes disparidades \n entre os países com alguns registrando taxas de mortalidade materna \n extremamente elevadas, de 1.000 por cada 100 mil nascidos vivos - e \n também entre pobres e ricos dentro de alguns países.\n \n Outro estudo da agência da ONU para a saúde, publicado hoje na revista The Lancet Global Health\n revela que uma em cada quatro mortes se deve a complicações previamente\n existentes, como diabetes, HIV, malária ou obesidade, cujos impactos \n são agravados pela gravidez.\n \n Um quarto das mortes deve-se a hemorragia severa. Outras causas \n identificadas são a hipertensão induzida pela gravidez (14%), as \n infeções (11%), obstruções e outras complicações no parto (9%), \n complicações relacionadas com o aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%).\n \n Juntos, os dois relatórios destacam a necessidade de investir em \n soluções comprovadas, como cuidados de saúde de qualidade para todas as \n mulheres durante a gravidez e o parto, e cuidados especiais para \n grávidas com problemas clínicos pré-existentes, disse a diretora-geral \n adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulher e Criança, Flavia \n Bustreo, citada em comunicado da OMS.\n \n Outro alerta da organização é sobre a falta de dados rigorosos \n relacionados à mortalidade materna. Apesar de ter aumentado o \n conhecimento sobre o número de mulheres que morrem e as razões das \n mortes, muitos dados ainda não são registrados. Trinta e três mortes \n maternas por hora são 33 mortes a mais, disse o diretor de Saúde, \n Nutrição e População do Banco Mundial, citado no comunicado.\n \n "Precisamos documentar cada um desses acontecimentos trágicos, \n determinar as suas causas e iniciar ações corretivas urgentemente, \n acrescentou Bustreo.\n
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