Ciência e Saúde
13/03/2012 09:13:21
Anvisa decide proibição de cigarros com sabor
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta terça-feira (13) se proíbe a inclusão de aditivos como açúcar e mentol nos cigarros comercializados no Brasil.
G1/AQ
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta terça-feira (13) se proíbe a inclusão de aditivos como açúcar e mentol nos cigarros comercializados no Brasil. Em fevereiro, a Diretoria Colegiada da agência já havia chegando a um consenso de que essas substâncias deveriam ser proibidas, mas a decisão final foi adiada para a reunião desta terça.
Se os aditivos forem proibidos, os fabricantes terão até 18 meses a partir da publicação da norma para tirar do mercado nacional todos os cigarros com essas substâncias.
O julgamento envolve aditivos de sabor, que deixam o sabor e o cheiro do tabaco mais agradáveis, como açúcar, mentol, chocolate, morango, cereja, canela e cravo. Na avaliação dos especialistas técnicos da Anvisa, baseados em estudos científicos, os aditivos não fazem mais mal ao organismo que um cigarro sem eles, mas são usados para atrair novos fumantes, principalmente os mais jovens.
A resolução terá impacto direto em uma das principais estratégias da indústria para incentivar que jovens comecem a fumar, já que a adição de substâncias, como mentol, cravo e canela, mascara o gosto ruim da nicotina e torna o tabaco um produto mais atraente para esse público, afirmou, em nota, o diretor da Anvisa Agenor Álvares após a reunião de fevereiro.
Em manifesto divulgado em jornais do país, representantes da indústria de tabaco e de cidades onde a planta é cultivada, criticaram a norma da Anvisa. Segundo eles, "as medidas propostas são muito mais restritivas do que o objetivo declarado".
De acordo com o texto, as entidades não têm problema com a proibição dos cigarros com sabor. "Se esse, de fato, fosse o conteúdo da proposta apresentada, não haveria qualquer objeção por parte da cadeia produtiva do tabaco", dizem os fabricantes. "A proibição abrange praticamente todos os ingredientes usados no processo produtivo, inviabilizando a fabricação de 99% dos cigarros atualmente comercializados legalmente no Brasil," continua a nota.
Açúcar
Entre esses ingredientes, o principal ponto de discórdia é o açúcar.
A técnica usada para produção de cigarros no Brasil envolve uma combinação de folhas de tabaco que tem um sabor muito ruim e é impossível de ser usada em cigarros sem o auxílio do açúcar, segundo Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), uma das entidades que assina a carta.
Sem o açúcar, esse tabaco não tem condições de ser usado, apontou Schünke. Não estamos falando de sabores atrativos. Aqui é sabor de tabaco, esclareceu.
Segundo a primeira proposta da Anvisa, que seria votada em fevereiro, o açúcar não seria proibido imediatamente e poderia continuar sendo usado como aditivo por pelo menos um ano. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, no entanto, quis mais detalhes sobre o uso do açúcar e, por isso, a decisão foi adiada.
Impacto
Segundo a Anvisa, o número de marcas de cigarro com sabor disponíveis no mercado quase dobrou entre 2007 e 2010, de 21 para 40. Cerca de 600 aditivos são usados na fabricação de cigarros 10% da massa de um cigarro é, na verdade, composta por aditivos.
Os produtores afirmam que 2,5 milhões de empregos estão ligados à cadeia produtiva do cigarro, especialmente na região Sul. Cerca de 15% do tabaco produzido no Brasil é voltado para o mercado interno. Os principais compradores são os países da União Europeia e do Extremo Oriente.
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Se os aditivos forem proibidos, os fabricantes terão até 18 meses a partir da publicação da norma para tirar do mercado nacional todos os cigarros com essas substâncias.
O julgamento envolve aditivos de sabor, que deixam o sabor e o cheiro do tabaco mais agradáveis, como açúcar, mentol, chocolate, morango, cereja, canela e cravo. Na avaliação dos especialistas técnicos da Anvisa, baseados em estudos científicos, os aditivos não fazem mais mal ao organismo que um cigarro sem eles, mas são usados para atrair novos fumantes, principalmente os mais jovens.
A resolução terá impacto direto em uma das principais estratégias da indústria para incentivar que jovens comecem a fumar, já que a adição de substâncias, como mentol, cravo e canela, mascara o gosto ruim da nicotina e torna o tabaco um produto mais atraente para esse público, afirmou, em nota, o diretor da Anvisa Agenor Álvares após a reunião de fevereiro.
Em manifesto divulgado em jornais do país, representantes da indústria de tabaco e de cidades onde a planta é cultivada, criticaram a norma da Anvisa. Segundo eles, "as medidas propostas são muito mais restritivas do que o objetivo declarado".
De acordo com o texto, as entidades não têm problema com a proibição dos cigarros com sabor. "Se esse, de fato, fosse o conteúdo da proposta apresentada, não haveria qualquer objeção por parte da cadeia produtiva do tabaco", dizem os fabricantes. "A proibição abrange praticamente todos os ingredientes usados no processo produtivo, inviabilizando a fabricação de 99% dos cigarros atualmente comercializados legalmente no Brasil," continua a nota.
Açúcar
Entre esses ingredientes, o principal ponto de discórdia é o açúcar.
A técnica usada para produção de cigarros no Brasil envolve uma combinação de folhas de tabaco que tem um sabor muito ruim e é impossível de ser usada em cigarros sem o auxílio do açúcar, segundo Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), uma das entidades que assina a carta.
Sem o açúcar, esse tabaco não tem condições de ser usado, apontou Schünke. Não estamos falando de sabores atrativos. Aqui é sabor de tabaco, esclareceu.
Segundo a primeira proposta da Anvisa, que seria votada em fevereiro, o açúcar não seria proibido imediatamente e poderia continuar sendo usado como aditivo por pelo menos um ano. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, no entanto, quis mais detalhes sobre o uso do açúcar e, por isso, a decisão foi adiada.
Impacto
Segundo a Anvisa, o número de marcas de cigarro com sabor disponíveis no mercado quase dobrou entre 2007 e 2010, de 21 para 40. Cerca de 600 aditivos são usados na fabricação de cigarros 10% da massa de um cigarro é, na verdade, composta por aditivos.
Os produtores afirmam que 2,5 milhões de empregos estão ligados à cadeia produtiva do cigarro, especialmente na região Sul. Cerca de 15% do tabaco produzido no Brasil é voltado para o mercado interno. Os principais compradores são os países da União Europeia e do Extremo Oriente.
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