\n \n \n \t O Mal de Alzheimer poderá ser, a partir de agora, diagnosticado de \n forma precoce e confiável, graças a novos marcadores biológicos, segundo\n um estudo feito por um grupo internacional de neurologistas. O estudo \n foi publicado na revista britânica "The Lancet Neurology".\n \n \t Após nove anos de trabalho, os cientistas definiram e validaram novos \n critérios para diagnosticar esta doença neurodegenerativa em plena \n expansão. O Alzheimer afeta 40 milhões de pessoas no mundo e previsões \n indicam que em 2050 o número de doentes terá triplicado.\n \n \t A doença começa geralmente com transtornos de memória, seguidos de \n problemas de orientação espacial e temporal, transtornos de \n comportamento e perda de autonomia. Mas esses sintomas não são \n específicos do Alzheimer apenas e a doença "não podia ser diagnosticada \n até agora de forma segura em um estágio precoce", explicou o professor \n Dubois.\n \n \t Era necessário, geralmente, esperar que a doença evoluísse para a \n demência ou que o doente morresse para poder examinar as lesões que ele \n tinha no cérebro. Após analisar os estudos publicados sobre o tema, os \n cientistas chegaram a um consenso de diagnóstico do Alzheimer, com dois \n perfis clínicos específicos.\n \n \t Os casos típicos (80% a 85% dos casos) se caracterizam por problemas de\n memória episódica de longo prazo (lembrança voluntária de fatos), \n enquanto nos casos atípicos (15% a 20% dos casos) são encontrados \n transtornos da memória verbal ou de comportamento.\n \n \t Punção lombar é marcador biológico
\n \t Cada um desses perfis, segundo os cientistas, deve ser confirmado por \n pelo menos um marcador biológico. Trata-se de uma punção lombar que \n mostra o nível anormal de proteínas cerebrais no líquido \n cefalorraquidiano ou de uma tomografia por emissão de pósitrons (TEP) do\n cérebro, um exame de imagem que permite visualizar a atividade dos \n tecidos.\n \n \t Embora por enquanto não haja tratamento eficaz contra o Alzheimer, a \n detecção confiável e precoce deve facilitar a pesquisa, afirmou Dubois.\n \n \t Esses trabalhos permitiriam aos pesquisadores se dar conta de que \n muitos diagnósticos estabelecidos segundo os antigos critérios estavam \n errados, entre eles 36% dos falsos doentes de Alzheimer incluídos em um \n teste terapêutico anterior.\n \n \t Fora da pesquisa, o uso de marcadores biológicos se limita atualmente a\n pacientes jovens ou a casos difíceis, pois a técnica é cara e invasiva.\n \n