NM/PCS
ImprimirO empresário Mauro Fernandes Júnior, de 41 anos, morreu após sofrer uma parada cardíaca durante uma sessão de ozonioterapia em uma clínica em Paranaguá, no litoral do Paraná. Momentos antes do procedimento, câmeras de segurança registraram uma despedida comovente: Mauro abraçou a esposa e os dois filhos pequenos — uma menina de quatro anos e um bebê de sete meses.
A sessão, realizada para tratar dores no ombro, foi interrompida quando Mauro passou mal. A profissional responsável iniciou os primeiros socorros e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que tentou reanimá-lo por cerca de 50 minutos, mas ele não resistiu. A clínica apresentou à Polícia Civil documentos que comprovam a qualificação da profissional e a regularidade do estabelecimento.
A ozonioterapia é considerada uma prática experimental no Brasil, segundo o Conselho Federal de Medicina e a Anvisa, e não é reconhecida como tratamento médico convencional. Mauro havia sido diagnosticado recentemente com hipertensão e já havia relatado episódios de tontura após sessões anteriores do tratamento.
A Polícia Civil instaurou uma investigação para apurar as circunstâncias da morte. O caso levantou debates sobre os riscos e a regulamentação de terapias alternativas no país.