Correio do Estado/LD
ImprimirCom cobertura vacinal da meningocócica C em 60,09% em Mato Grosso do Sul, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação de crianças e adolescentes contra a meningite. Conforme o órgão, a proteção do público-alvo evita o adoecimento e surtos da doença. No último mês, cinco casos da doença meningocócica (DM) do sorogrupo C, foram confirmadas em São Paulo, tipo mais frequente no Brasil entre as meningites bacterianas.
Conforme o Ministério da Saúde, a doença é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.
No Brasil, a doença é considerada endêmica, e casos podem ser identificados durante todo o ano, com ocorrências ocasionais de surtos e epidemias ocasionais.
Conforme o ministério, as maiores notificações das meningites bacterianas são mais comuns no outono e inverno e das virais na primavera e verão. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção. Sete vacinas são recomendadas e estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) nas mais de 49 mil salas de vacinação espalhadas por todo o País. A doença é capaz de provocar sequelas e até morte.
Vacinação
BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa.
Esquema vacinal: dose única (ao nascer);
Penta: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e 3ª dose aos 6 meses de idade;
Pneumocócica 10-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade;
Pneumocócica 23-valente (Polissacarídica): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Uma dose é suficiente para conferir proteção contra os sorotipos dos pneumococos contidos na vacina. É disponibilizada para toda a população indígena acima de 5 anos de idade, sem comprovação da vacina pneumocócica 10-valente (Conjugada). Para a população a partir de 60 anos de idade (institucionalizada), a revacinação é indicada uma única vez, devendo ser realizada 5 anos após a dose inicial;
Pneumocócica 13-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Essa vacina é disponibilizada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para os seguintes grupos especiais: indivíduos ≥ 5 anos de idade, incluindo adultos nas condições de HIV/Aids, paciente oncológico, transplantados de órgãos sólidos e transplantados de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.
Conforme o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2007 e 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de meningite. Destes, foram confirmados 265.644 casos de várias etiologias, sendo a meningite viral mais frequente (121.955 casos), seguida pela etiologia bacteriana (87.993 casos).
De acordo com o ministério, destas, as mais frequentes foram: meningites por outras bactérias (40.801 casos); doença meningocócica (26.436 casos); meningite pneumocócica (14.132 casos); meningite tuberculosa (4.916 casos) e meningite por H.influenzae (1.708 casos).
Segundo a saúde, 43.061 casos de meningite não especificada, 10.464 casos de meningite por outras etiologias e 2.171 com etiologia ignorada (não preenchida).