Sexta-Feira, 2 de Maio de 2025
Ciência e Saúde
12/02/2014 06:46:37
Novo protocolo define tratamento para crianças com HIV
A nova proposta recomenda que o início do tratamento em recém-nascidos expostos deve ser feito com AZT (Zidovudina) por quatro semanas.

HNews/PCS

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\n \n \n Um novo protocolo de tratamento clínico para infecção pelo HIV de \n crianças e Adolescentes foi lançado pelo Ministério da Saúde em consulta\n pública. A nova proposta recomenda que o início do tratamento em \n recém-nascidos expostos deve ser feito com AZT (Zidovudina) por quatro \n semanas.
Essa indicação é aplicada é aplicado aos filhos de mães \n soropositivas que foram acompanhadas desde o pré-natal. Já no caso das \n gestantes que não receberam antirretroviral durante a gravidez é \n recomendado aos bebês a utilização de AZT (Zidovudina) por quatro \n semanas, acompanhado de Nevirapina em três doses. Antes, a recomendação \n era de uso do AZT durante seis semanas.\n \n Outra inovação é a indicação do início do tratamento para crianças acima\n de cinco anos, com carga viral superior a 100 mil cópias (quantidade de\n HIV que circula no sangue, considerada alta e que sugere o progresso da\n doença nas crianças).
Também é recomendado o início de tratamento para \n todas as crianças com idade superior a cinco anos com CD4 abaixo de 500.\n A contagem de linfócitos T CD4+ (CD4) indica como está a resposta do \n sistema imunológico ao vírus, permitindo ao médico monitorar a saúde de \n paciente que toma os antirretrovirais. Antes, o critério considerado era\n a contagem de CD4 abaixo de 350.\n \n O protocolo, que apresenta novas propostas para aperfeiçoar o \n atendimento e tratamento dessa população no país, ficará em consulta \n pública por um período de 30 dias (até 9 de março) e será finalizado \n ainda neste primeiro semestre. A faixa etária considerada para o \n protocolo é de recém-nascidos até os 17 anos.\n \n “Osnbsp;sucessosnbsp;na prevenção da transmissão vertical, principal mecanismo \n de aquisição do HIV em pediatria, levaram a uma significativa redução \n dos casos novos, com estabilização nos últimos anos. Este cenário de \n mudanças clínicas e epidemiológicas impõe novos desafios aos \n profissionais envolvidos no cuidado de crianças e adolescentes com \n HIV/aids.
O novo protocolo vem ajudar os profissionais de saúde nessa \n tarefa”, afirma o secretario de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. \n Atualmente, estão em tratamento para aids cerca de 10 mil crianças e \n adolescentes.\n \n Desde o final da década de 1990, o Ministério da Saúde publica \n recomendações para tratamento de crianças e adolescentes infectados pelo\n HIV e aids, baseadas nas evidências científicas vigentes. \n Periodicamente, há a atualização com a inclusão das informações sobre os\n avanços ocorridos nas orientações para o tratamento e acompanhamento \n das crianças expostas e infectadas pelo HIV.
A partir de 2012, os \n antigos consensos terapêuticos passam a ser elaborados na forma de \n Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados em \n portaria, após período de 30 dias de consulta pública, em que a \n sociedade pode inserir as suas contribuições ao documento.\n \n “Questões como o aumento da sobrevida e a redução da frequência de \n infecções oportunistas fazem com quenbsp;cresçamnbsp;em importância os aspectos \n ligados à promoção da saúde integral e da qualidade de vida, notadamente\n na adolescência e na juventude, daí a importância do novo protocolo \n atualizando as recomendações”, explica o diretor do Departamento de DST,\n Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.\n \n O novo protocolo define com maior clareza a primeira linha de terapia \n antirretroviral TARV. Além disso, o documento amplia as recomendações \n sobre diagnóstico, manejo da falha terapêutica, adesão, revelação \n diagnóstica, toxicidade, coinfecções, infecções oportunistas e abordagem\n aos adolescentes.\n \n O texto completo da proposta do novo protocolo encontra-se disponível no\n endereço eletrônico: www.saude.gov.br/consultapublica. A validação das \n proposições recebidas e elaboração da versão final consolidada do \n protocolo será coordenada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites \n Virais, que deve finalizar o documento ainda neste primeiro semestre.\n \n
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