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ImprimirO câncer da mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Em 2013, o Brasil registrou mais de 52 mil casos da doença. Porém, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), cerca de 30% dos diagnósticos podem ser evitados adotando-se medidas mais saudáveis, como alimentação balanceada, atividade física e manutenção do peso ideal.
No Brasil, a mamografia, feita duas vezes ao ano para mulheres entre 50 a 69 anos, é a estratégia recomendada para a detecção precoce do câncer nas pessoas com risco padrão. E para pacientes com a doença no histórico familiar, recomenda-se o exame clínico da mama a partir de 35 anos.
O médico sanitarista e epidemiologista da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede, dr. Arn Migowski, explica que “importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento”.
O Inca e o Ministério da Saúde têm ampliado os alertas à população feminina e aos profissionais de saúde, preconizando que todas as mulheres devem conhecer os principais fatores de risco para o câncer de mama, a idade de maior risco de ocorrência da doença e seus mais frequentes sinais e sintomas. Obesidade — principalmente após a menopausa —, sedentarismo, sobrepeso, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a raios-x são alguns dos fatores que as mulheres devem observar. “Governos e demais entidades devem contribuir na divulgação dessas informações em uma linguagem acessível”, completa o dr. Migowski. Com o excesso de peso, o risco do tumor aumentar é muito maior, pois, com grande quantidade de células de gordura no corpo, maior será o volume de estrogênio, hormônio que serve de alimento para células cancerígenas.
Além dos exames de rotina, evitar a obesidade, por meio de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença.