Sábado, 3 de Maio de 2025
Ciência e Saúde
25/09/2012 06:54:40
Refrigerantes levam à epidemia de obesidade nos EUA, revelam estudos
O prefeito de Nova York, nos EUA, Michael Bloomberg, quer proibir a venda de refrigerantes e outras bebidas açucaradas em locais públicos, como medida de combate à obesidade.

UOL/PCS

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\n \n O\n prefeito de Nova York, nos EUA, Michael Bloomberg, quer proibir a venda de\n refrigerantes e outras bebidas açucaradas em locais públicos, como medida de\n combate à obesidade. O veto afetaria somente as bebidas com de tamanho\n equivalente a cerca de 500 ml.\n \n Três\n novos estudos publicados este fim de semana reforçam o vínculo entre o consumo\n de refrigerantes e bebidas de frutas açucaradas e a epidemia de obesidade nos\n Estados Unidos.\n \n O\n consumo destas bebidas mais que dobrou desde os anos 1970, assim como a taxa de\n obesidade entre os americanos no mesmo período, que afeta atualmente 30% da\n população adulta, destacam os autores destas pesquisas divulgadas na edição\n online do New England Journal of Medicine.\n \n O\n primeiro estudo, feito com mais de 33.000 americanos, homens e mulheres, indica\n que consumir estas bebidas açucaradas agiria nos genes, afetando o peso e\n ampliando a pré-disposição genética de uma pessoa a engordar.\n \n Os\n cientistas usaram as 32 variações de genes conhecidos por influenciar no peso\n com a finalidade de estabelecer um perfil genético dos participantes do estudo.\n Os autores determinaram também seus hábitos alimentares, de consumo de bebidas\n açucaradas e de práticas de exercícios baseados nas respostas a um questionário\n durante quatro anos.\n \n Os\n outros dois estudos demonstraram que o fato de dar a crianças e adolescentes\n bebidas sem calorias, como água mineral ou refrigerantes com adoçantes, levaram\n a uma perda de peso.\n \n O\n primeiro foi feito no hospital infantil de Boston com 224 adolescentes obesos\n ou que tinham excesso de peso, aos quais os cientistas mandaram regularmente a\n domicílio garrafas d’água ou refrigerantes “light”. Também os incentivaram a\n consumir estas bebidas durante um ano, período de duração do estudo.\n \n Estes\n adolescentes não tiveram ganho de peso superior a 1,5 quilo durante este prazo,\n contra um aumento de 3,4 quilos observado em um grupo de controle.\n \n A\n última pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade VU de Amsterdã\n (Holanda) com 641 crianças com idades entre 4 e 11 anos com peso normal, das\n quais a metade consumiu diariamente um quarto de litro de bebidas de frutas\n açucaradas e a outra metade a mesma quantidade de bebidas, mas com adoçantes no\n lugar do açúcar.\n \n Após\n 18 meses, as crianças que consumiram bebidas de baixas calorias ganharam 6,39\n quilos em média, comparativamente a um aumento de 7,36 quilos registrado no\n grupo que ingeriu bebidas de frutas açucaradas.\n \n “Tomados\n em conjunto, estes três estudos parecem indicar que as calorias provenientes de\n refrigerantes e bebidas de frutas fazem diferença”, destacou em um editorial\n publicado no New England Journal of Medicine a doutora Sonia Caprio, do serviço\n de Pediatria da Universidade de Yale (nordeste dos Estados Unidos).\n \n Segundo\n ela, “chegou o momento de agir e apoiar vigorosamente a implementação das\n recomendações do Instituto de Medicina, do American Heart Association\n (Associação americana do coração) e da Obesity Society para reduzir o consumo\n de refrigerantes e outras bebidas açucaradas entre crianças e adultos”.\n \n A\n “American Beverage Association/ABA”, grupo profissional que representa a\n indústria de refrigerantes e bebidas de frutas, rejeitou vigorosamente as conclusões\n destes estudos.\n \n “A\n obesidade não se deve unicamente a um só tipo de comida ou bebida”, escreveu a\n ABA em um comunicado, destacando que “as bebidas açucaradas têm um papel menor\n na alimentação dos americanos” e não representam, em média, mais que 7% das\n calorias absorvidas pelas pessoas nos Estados Unidos.\n \n \n
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