Ciência e Saúde
15/03/2013 09:00:00
Saúde: Paraguaios e Brasileiros firmam convênio de cooperação em Porto Murtinho
Com aproximadamente 25 mil habitantes, as três cidades do Alto Paraguai não-raramente precisam de socorro médico para seus compatriotas em Porto Murtinho e vice-versa.
Assessoria/AB
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Quatro\n prefeituras três do Alto Paraguai e a de Porto Murtinho celebraram nesta sexta-feira, 15, um acordo de parceria cuja importância pode estender-se de uma necessidade local para uma condição mais ampla de interesse binacional em toda a faixa de fronteira Brasil-Paraguai que enfrentam problemas no atendimento de saúde às populações flutuantes. O ministro paraguaio da Saúde, Antonio Arbo Sosa, era esperado para o evento, mas teve que cancelar a viagem.
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\n O prefeito murtinhense Heitor Miranda dos Santos (PT) e seus colegas de três cidades paraguaias da região - Domingos Duarte, de Carmelo Peralta; Sérgio Cuellar, de Fuerte Olimpo; e Saul Bernal, de Baía Negra assinaram um termo de cooperação pelo qual garantem recíproca assistência médico hospitalar de urgência às pessoas que moram, trabalham e convivem nessa extensão fronteiriça delimitada pelo Rio Paraguai. O atendimento já existe, mas sem efetividade tão ampla e legalmente estabelecida. Um acordo havia sido feito em 1971, mas apenas entre dois municípios, Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
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\n AJUDA MÚTUA - Fronteiriços dos dois países enfrentam problemas semelhantes quando não dispõem de condições adequadas e imediatas de assistência, ou por causa da distância ou por falta de estrutura médico-hospitalar. nbsp;Com aproximadamente 25 mil habitantes, as três cidades do Alto Paraguai não-raramente precisam de socorro médico para seus compatriotas em Porto Murtinho e vice-versa. nbsp;
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\n Fuerte Olimpo está distante de Porto Murtinho 180 km por estrada de terra (intransitável quando chove) ou 200 km pelo rio. É a única dessas três cidades a dispor de hospital estruturado e presta assistência aos brasileiros que trabalham lá. Baía Negra, a 300 km por terra e 340 km por via fluvial de Porto Murtinho, possui uma unidade de saúde que opera em condições precárias. O caso de Carmelo Peralta é singular: não há hospital e as localidades paraguaias mais próximas são Fuerte Olimpo e Baía Negra. Por isso, quando seus habitantes precisam de assistência basta atravessar o rio e procurar o hospital ou os postos de saúde murtinhenses, que ficam logo em frente.
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\n Dezenas de autoridades e lideranças políticas e classistas prestigiaram o ato de assinatura do acordo, entre os quais o empresário Flávio Queiroz, um dos principais entusiastas e articuladores da parceria; o presidente da Câmara Municipal, vereador Marco Andrei (PR); o secretário murtinhense de Saúde, Franklin Salazar; e a chefe do 17° Departamento Sanitário do Alto Paraguai,
\n Branca Vaccari.
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\n INSPIRAÇÃO E MODELO Para Heitor Miranda, o acordo reflete o espírito solidário dos fronteiriços e reaviva exemplos memoráveis, como a generosidade sem limites do decano médico paraguaio Luiz Felipe Segóvia, que nos tempos mais difíceis atendia os murtinhenses, inclusive com cirurgias de emergência, numa salinha iluminada por velas ou lamparinas na Isla Margarida, do outro lado do Rio Paraguai. O prefeito acredita que a parceria deve ser vista como modelo de integração e estimular nos governos brasileiro e paraguaio a necessidade de criar e fortalecer os mecanismos de cooperação fronteiriça entre os dois países.
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\n Agora, com o convênio formalizado, teremos números, levantamentos, estatísticas e a radiografia completa dessa cooperação para apresentar às autoridades maiores e reforçar nossas reivindicações, afirma Heitor.nbsp; Diante desses levantamentos, o governo federal será informado e sensibilizado, inclusive para que o trabalho que as prefeituras farão gratuitamente seja ressarcido, acredita Heitor.
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\n REPERCUSSÃO Marco Andrei é da opinião que o acordo espelha vontade política e compromisso. Estão todos de parabéns, só faltava mesmo um acordo oficial, um compromisso definitivo para consolidar a amizade e a cooperação nesta fronteira, exultou. Para Saul Bernal que é primo do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal -, o acordo é histórico e atende uma necessidade fundamental dos dois povos.
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\n Sergio Cuellar, prefeito de Fuerte Olimpo, salienta o caráter humanista e solidário da parceria. Isso prova que o Rio Paraguai não divide. Ele une brasileiros e paraguaios, definiu. O empresário Flávio Queiroz disse que sua luta por ações dessa natureza resulta da certeza no compromisso e na vocação nbsp;social e integracionista de Heitor Miranda e dos prefeitos da região. Esta cooperação é uma semente que Porto Murtinho e o Alto Paraguai lançaram em solo fértil, para crescer e gerar frutos nas demais fronteiras do País\n \n \n
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\n O prefeito murtinhense Heitor Miranda dos Santos (PT) e seus colegas de três cidades paraguaias da região - Domingos Duarte, de Carmelo Peralta; Sérgio Cuellar, de Fuerte Olimpo; e Saul Bernal, de Baía Negra assinaram um termo de cooperação pelo qual garantem recíproca assistência médico hospitalar de urgência às pessoas que moram, trabalham e convivem nessa extensão fronteiriça delimitada pelo Rio Paraguai. O atendimento já existe, mas sem efetividade tão ampla e legalmente estabelecida. Um acordo havia sido feito em 1971, mas apenas entre dois municípios, Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
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\n AJUDA MÚTUA - Fronteiriços dos dois países enfrentam problemas semelhantes quando não dispõem de condições adequadas e imediatas de assistência, ou por causa da distância ou por falta de estrutura médico-hospitalar. nbsp;Com aproximadamente 25 mil habitantes, as três cidades do Alto Paraguai não-raramente precisam de socorro médico para seus compatriotas em Porto Murtinho e vice-versa. nbsp;
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\n Fuerte Olimpo está distante de Porto Murtinho 180 km por estrada de terra (intransitável quando chove) ou 200 km pelo rio. É a única dessas três cidades a dispor de hospital estruturado e presta assistência aos brasileiros que trabalham lá. Baía Negra, a 300 km por terra e 340 km por via fluvial de Porto Murtinho, possui uma unidade de saúde que opera em condições precárias. O caso de Carmelo Peralta é singular: não há hospital e as localidades paraguaias mais próximas são Fuerte Olimpo e Baía Negra. Por isso, quando seus habitantes precisam de assistência basta atravessar o rio e procurar o hospital ou os postos de saúde murtinhenses, que ficam logo em frente.
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\n Dezenas de autoridades e lideranças políticas e classistas prestigiaram o ato de assinatura do acordo, entre os quais o empresário Flávio Queiroz, um dos principais entusiastas e articuladores da parceria; o presidente da Câmara Municipal, vereador Marco Andrei (PR); o secretário murtinhense de Saúde, Franklin Salazar; e a chefe do 17° Departamento Sanitário do Alto Paraguai,
\n Branca Vaccari.
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\n INSPIRAÇÃO E MODELO Para Heitor Miranda, o acordo reflete o espírito solidário dos fronteiriços e reaviva exemplos memoráveis, como a generosidade sem limites do decano médico paraguaio Luiz Felipe Segóvia, que nos tempos mais difíceis atendia os murtinhenses, inclusive com cirurgias de emergência, numa salinha iluminada por velas ou lamparinas na Isla Margarida, do outro lado do Rio Paraguai. O prefeito acredita que a parceria deve ser vista como modelo de integração e estimular nos governos brasileiro e paraguaio a necessidade de criar e fortalecer os mecanismos de cooperação fronteiriça entre os dois países.
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\n Agora, com o convênio formalizado, teremos números, levantamentos, estatísticas e a radiografia completa dessa cooperação para apresentar às autoridades maiores e reforçar nossas reivindicações, afirma Heitor.nbsp; Diante desses levantamentos, o governo federal será informado e sensibilizado, inclusive para que o trabalho que as prefeituras farão gratuitamente seja ressarcido, acredita Heitor.
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\n REPERCUSSÃO Marco Andrei é da opinião que o acordo espelha vontade política e compromisso. Estão todos de parabéns, só faltava mesmo um acordo oficial, um compromisso definitivo para consolidar a amizade e a cooperação nesta fronteira, exultou. Para Saul Bernal que é primo do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal -, o acordo é histórico e atende uma necessidade fundamental dos dois povos.
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\n Sergio Cuellar, prefeito de Fuerte Olimpo, salienta o caráter humanista e solidário da parceria. Isso prova que o Rio Paraguai não divide. Ele une brasileiros e paraguaios, definiu. O empresário Flávio Queiroz disse que sua luta por ações dessa natureza resulta da certeza no compromisso e na vocação nbsp;social e integracionista de Heitor Miranda e dos prefeitos da região. Esta cooperação é uma semente que Porto Murtinho e o Alto Paraguai lançaram em solo fértil, para crescer e gerar frutos nas demais fronteiras do País\n \n \n
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