O pescador Jucelino Brito de Oliveira, de 42 anos, foi impedido de dormir na casa onde mora há mais de 12 anos na noite desta quarta-feira (12), depois que policial aposentado da PRF (Policia Rodoviária Federal) L.B. de 55 anos, mandou cercar o imóvel, localizado na Estrada Velha no bairro Piracema, alegando ser o verdadeiro proprietário.
Inconformado com a situação de ser despejado da própria casa sem qualquer ordem judicial, Oliveira acionou a Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (13). Ele informou que dois cerqueiros, contratados pelo policial, começaram a construir uma cerca de arame em volta de sua propriedade. Os trabalhadores alegaram apenas que estavam prestando o serviço, pois o policial havia dito ser o dono do imóvel.
Conforme Oliveira, além disso, uma árvore que sombreava a frente do imóvel também foi cortada sem nenhuma autorização para a construção da cerca. O fato é confirmado por Joarez Ferreira Lima de 45 anos, e Eodir Gabriel da Silva, de 47 anos, que são vizinhos de Oliveira há mais de 12 anos.
Oliveira explicou que os documentos do imóvel estão com sua ex-mulher de quem se separou há aproximadamente de 3 anos, porém não sabe do paradeiro dela. Desde então, afetado por uma crise financeira e por problemas de saúde que o impedem de trabalhar, o pescador acabou tendo a água e a luz cortada pela falta de pagamento, mas alega que ambos os serviços estão registrados em seu nome desde que construiu o imóvel, há mais de uma década, com ajuda da Prefeitura Municipal.
Segundo o pescador, dentro da casa ele guarda uma cama e suas roupas, pois apenas dorme no imóvel já que pela falta de dinheiro tem se alimentado na casa de parentes e amigos que o ajudam.
Os policiais orientaram o pescador a registrar o caso na Delegacia de Polícia Civil para providências cabíveis.
Por telefone, o policial disse a nossa reportagem que é o legítimo proprietário e que possui o contrato do terreno há 25 anos. Ele alega ainda, que o pescador invadiu sua propriedade para construir um imóvel irregular e que vai entrar na Justiça pedindo reintegração de posse.